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Alguém abre as cortinas e deixa a luz do sol entrar. Aurora acorda, comprime os olhos na direção da claridade e vê seu amado prínci­pe, Filipe, que a olha com um sorriso gentil e vai até ela. Bom dia, minha princesa. – Diz Filipe para Aurora sentando na bei­ra da cama e se inclinando para dar-lhe um beijo na testa.

- Bom dia, minha princesa. - Diz Filipe para Aurora sentando na beirada da cama e se inclinando para dar um beijo na testa.

- Bom dia, meu amor. – Respondeu Aurora se levantando e dando um beijo suave nos lábios de Filipe.

O príncipe fica um tempo olhando sua futura esposa: os cabelos louros como a luz do sol e os lábios rubros de rosa. Aurora não deixou de notar.

- Por que essa expressão? Sonhando acordado? – Perguntou Aurora aseu amado com divertimento.

Filipe piscou duas vezes voltando a si e depois pegou gentilmente as mãos de Aurora.

-É que você, meu amor, é tudo que um príncipe mais deseja: beleza, pu­reza e a voz de um anjo quando canta. Às vezes eu penso que,se você cantar, o som de sua voz poderia derreter o gelo do inverno e trazer a primavera.

Os olhos de Aurora brilharam de encanto com os dizeres de seu príncipe.

-Oh! Filipe! – Exclamou Aurora abraçando-o – Você realmente é o prín­cipe dos meus sonhos!

Depois de algum tempo conversando, Aurora e Filipe saíram do quarto e desceram as escadas para tomar o café da manhã. No caminho, muitos cria­dos faziam reverências às sua Altezas, e futuras Majestades, reais. Ao chegarem na extensa sala, já estavam na mesa rei Estêvão e sua rainha Lucinda,pais de Aurora e Humberto, pai de Filipe, tomando café. Ao verem o casal chegar, os três se levantaram para parabenizá-los pela união e novamente se sentaram para continuar o café.

- Esplêndido como tudo aconteceu tão perfeitamente! – Exclamou orei Humberto comendo um pão doce. – Meu filho e a filha de meu melhor amigo, Estêvão, juntos como comb...

O rei Humberto olhou de soslaio para seu amigo, o rei Estêvão, que já o olhou como se dissesse "de bico calado!". Rei Humberto disfarçou e con­tinuou comendo.

- Juntos como o quê? – Perguntou Aurora rindo um pouco.

- Como o destino sempre quis, minha cara! – Respondeu rei Humber­to à princesa Aurora e se pôs a comer outro pão doce.

- Dormiu bem, minha filha? – Perguntou a mãe de Aurora, Lucinda, que estava sentada ao seu lado.

Aurora olhou de soslaio para seu marido que estava comendo algumas uvas antes de responder à mãe.

- Dormi muito bem, mãe. – Respondeu Aurora à sua mãe começando a comer alguns biscoitinhos amanteigados.

- É bom que tenham repousando bastante depois daquela espera toda por sua volta ao reino, Aurora. – Disse rei Humberto parando de comer. – Mas, então, minha cara princesinha, me diga: já planejam ter um filho? – Perguntou o rei Humberto com os olhos brilhando de esperança.

Filipe engasgou as uvas ao ouvir o pai dizer aquilo e a mãe de Aurora deu uma risadinha com a reação dele.

- Ora, papai! – Disse Filipe constrangido. – Nem nos casamos ainda!

- Tenha calma, meu amigo! – disse o rei Estêvão, que estava ao lado do rei Humberto, dando-lhe um tapinha nas costas. – Deixe-os aproveitar a juventude. Também fomos jovens um dia, você sabe.

- Sei, Estêvão. Mas, os tempos são outros agora. Ouvi dizer que, em outros reinos, rainhas estão começando a fazer as funções de reis também. – Disse o rei Humberto olhando para rei Estêvão.

O PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora