Resplandece a Luz

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Os meses anteriores ao 16° aniversário de Raio de Sol foram difíceis com poucos momentos de alegria. Com muita dificuldade, rei Filipe resolveu sua contenda com a mãe de sua esposa, Aurora e, apesar de constrangido, tentava entender o filho.

Quanto a Lilian, amiga de seu filho, Filipe conversou com os pais dela lamentando não ser mais possível o noivado com seu filho. Ester e Rupert ficaram arrasados, mas aceitaram. Filipe também pediu desculpas à jovem dizendo-lhe que não impediria a amizade dela com seu filho. Contudo, ainda não conseguia falar com Richard, o qual amava seu filho. Tudo aquilo era muito diferente e incomum para ele.

- Olhe, filho, no começo eu fiquei muito irado, mas agora estou tentando me reparar. Acho que você me entende, não é? Não é exatamente o que um rei gostaria para seu filho e sucessor. – Disse rei Filipe ao filho no quarto dele.

- Por este lado, eu te entendo, pai. Creio que também não seria fácil para eu aceitar algo assim. – Respondeu Raio de Sol olhando pela sacada o céu carregado.

- Bem, vamos parar de falar de aflições e descer? Estão nos esperando. - Disse rei Filipe fazendo cafuné em seu filho e descendo as escadas junto com ele.

Aurora, Rei Humberto, rainha Lucinda e rei Estêvão os esperavam. Antes de terem indo embora do castelo de Branca de Neve, a rainha com o rosto mais belo de todo o reino deu a idéia de sua amiga fazer um banquete de confraternização para levantar o ânimo de todos com votos de alegria e paz. O que realmente aconteceu naquele período.

A normalidade voltou a acontecer também na Arquidiocese e o arcanjo Gabriel não viu necessidade, pelo menos por enquanto de descer ao plano físico. Seu irmão, arcanjo Rafael, havia lhe dito para não interferir de modo algum em qualquer coisa que acontecesse daquele momento em diante no reino, pois aquelas pessoas tinham de aprender o valor do perdão e do amor independente das situações. Os espíritos da Luz ficaram em estado de preces para o reino, pois a tribulação ainda não tinha terminado enquanto outros inspiravam Carminda e padre Erick a ajudar as pessoas o máximo que pudessem na conduta cristã. E ainda nenhum sinal das fadas Fauna e Primavera. A fada Flora permanecia inconsciente, mas a fé de Aurora de que ela iria despertar estava de pé.

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Maléfica estava irada. Qual era a dificuldade das entidades das trevas de influenciar negativamente os cidadãos do reino de Estêvão? Por que Filipe estava sensibilizado daquela forma? Ela observava o reino através do Espelho Mágico e depois que ele voltou a refletir seu reflexo passou a andar de um lado para o outro. Estava com um vestido púrpura levemente brilhante e maquiagem da mesma cor, mas não havia adornos em seus cabelos longos e ondulados. Seus olhos cor de âmbar um pouco mais escuros. Muitas entidades sombrias estavam presentes.

- Eu quero saber o que está acontecendo. – Dizia ela lentamente enquanto andava de um lado para o outro.

- Não estamos conseguindo penetrar no reino, minha rainha. – Disse uma entidade masculina com aparência de um jovem de 18 anos. – Talvez, se...

- Não darei mais oferendas por enquanto, rapaz. – Interrompeu a feiticeira rispidamente e olhando para a entidade virando-se para ela. – Sei que precisam de oferendas a cada sete luas, e já as fiz até agora. – Completou.

A entidade baixou a cabeça como um pedido de desculpas.

- Creio que isso tem dedo do arcanjo Gabriel. – Disse uma outra entidade masculina, mas com a aparência de um homem de 30 anos; rosto anguloso e expressão de crueldade. – Ele caiu nas graças daqueles míseros seguidores do Cordeiro. – Completou com desprezo.

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