Livro 2 da Série Lucidity (Livro 1 - Lucidity: https://www.wattpad.com/story/53627665-lucidity)
OUTRAS OBRAS DA AUTORA: OS OLHOS DA BRUXA (PRÉ-VENDA: http://bymeassessoria.wixsite.com/mayrasmkemmer) (WATTPAD: https://www.wattpad.com/story/44129908-o...
Corri para longe da tenda, eu não poderia vê-lo se matar desse jeito, como sua família podia achar aquilo normal, como Riley poderia apoia-lo dessa forma? Eu simplesmente não conseguiria, eu não consigo. Fecho meus olhos, eu estava a ponto de chorar, me sentei em um pedaço de tronco e encaro minhas mãos tremendo. Desde quando eu havia me tornado tão fraca? Quando foi que eu me perdi? Ou eu nunca havia sido forte o suficiente de verdade?
Escuto anunciarem seu nome, olho em direção ao ringue, ou seja lá como se chama esse lugar, e vejo sua forma montando no touro, de longe vejo Riley falar com ele. Era você que deveria estar ali. Diz a voz em minha cabeça, mas trato de fazê-la sumir dali. Ele olha ao redor, talvez me procurando, talvez apenas observando o campo, ou tomando coragem. Mas não olha pra trás. Sinto um misto de tristeza e alívio. Dão a largada e começa.
Levanto em um sobressalto e me pego torcendo por ele, como que por impulso. Vejo que ele fez o tempo e me alegro. Esse Caubói realmente conseguiu. Ele é bom. Eu nunca deveria ter duvidado dele. Fecho meus olhos e coloco minha mão sobre o peito, sinto meu coração se acalmar levemente e respirando aliviada.
"Ajudantes! Segurem o touro!"
Abro meus olhos e vejo-o caído no chão.
Corro o mais rápido possível até ele, gritando seu nome. Há um aglomerado de pessoas ao seu redor. Tento expulsa-las de minha frente, as empurro com toda a minha força, escuto reclamações, mas ignoro. Quando chego até ele o encontro desacordado.
NÃO!
Começo a gritar com todos, ele estava morto, não podia ser, Riley tentava me acalmar, mas recuso seu toque, pulo em cima de Lucas gritando seu nome, ele não reagia. Sinto sua respiração fraca, chamo por ajuda e todos olham pra mim assustados. Sinto algo molhado descer pelo meu rosto, o desespero aumentar e uma fraqueza tomar conta de mim. Farkle me segurou pelo braço e começou a me levar para longe. Eu não conseguia distinguir o que falava, só conseguia sentir raiva. E aí tudo apagou.
Lucas
"Ele vai ficar bem, não se preocupe." Fala uma voz bem distante de mim.
"Obrigada doutor. Ele me deu um baita susto." Respondeu alguém.
Minha cabeça doía, sentia meu corpo pesar e a fraqueza suprimir meus sentidos. Queria levantar, mas não conseguia. Algo me forçava a permanecer deitado. Eu estava sem o controle de meu corpo.
"Não se preocupe, ele teve bastante sorte, mas é algo bem normal nesse meio."
"Nós sabemos doutor." Falou uma outra pessoa com voz mais profunda. Acho que era meu avô.
"Normal.."cuspiu Maya com desdém "Vocês chamam ele quase morrer de normal?"
Morrer? Do que ela falava?
"Ele venceu garotinha... Eu entendo a sua preocupação, mas ele é MEU neto!" Retrucou meu avô.
"Justamente por ser SEU neto, o senhor deveria agir diferente."cuspiu ela. Ouvi mais alguns barulhos e pessoas saindo da sala "Bom trabalho, da próxima vez quem sabe você não consegue matá-lo de vez" gritou Maya distante.
Ela estava culpando a todos quando na verdade a culpa era minha. Eu senti o pesar na voz de meu avô, minha mãe se manteve calada e acredito que tenha sido ela a retirar Maya do aposento. Alguém segurou minha mão entre as suas, senti sua respiração e algo molhado tocar minha pele, lágrimas, as mãos me apertavam com força. Senti o desespero da pessoa que me tocava.
"Me perdoe Lucas." Falou ele.
"Não se preocupe, o nosso garoto vai ficar bem." Afirmou Zay para meu avô.
"Eu espero que sim." Soltou. "Aquela baixinha não é fácil, não é?"
"O senhor não faz ideia." Riu Zay.
Maya
Eu não conseguia acreditar naquela situação ainda. Todos achavam normal Lucas ter caído? Ele podia ter sido pisoteado por aquele touro. Podia ter morrido. Mas ao invés de todos estarem preocupados, estavam dando uma festa. Festa. Vários amigos da família chegaram e estão bebendo. A mãe de Lucas de vez em quando vai até seu quarto para ver como ele está, mas logo retorna. Seu avô se vangloria do neto ter ficado por tempo suficiente em cima do touro e grita aos quatro vento "Esse é o meu garoto!" Aquela situação me dava náusea. Sinto vontade de vomitar sempre que o escuto dizer isso. Ele era um velho legal, mas aquela atitude era deplorável. Tento me levantar, mas vejo Riley me observar atenta, sinto que está com medo que eu faça um escândalo ou brigue com eles de novo. Sinto vontade de uma bebida, mas não sinto que meu estômago está bem o suficiente para isso, e tudo que eu não quero é passar mal no meio dessa sala.
"Maya? Por que não canta para nós?" Grita o padrasto de Lucas, tentando amenizar meu semblante. Movimento errado camarada.
"Não sei, acho que não é uma boa ideia já que meu namorado quase..."
"Já que o namorado dela está dormindo no quarto ao lado." Gritou Zay me interrompendo.
Olhei para ele com raiva. Zay me ignorou e veio em minha direção. Me levantou e me puxou pelo braço.
"Olha, vamos fazer o seguinte, você tenta não brigar por 5 minutos que eu te dou cobertura para ver o Lucas, okay?" Sussurrou ele.
Concordei com a cabeça. Eu não aguentava mais não vê-lo. E acho que aguentaria 5 minutos sem gritar com aquele bando de loucos.
Zay sorriu e me mandou seguir o corredor até o quarto de Lucas.
Sei que estava sumida, mas muitas coisas aconteceram, como a minha adaptação a nova cidade, ao novo emprego, a nova vida, ao canal no YouTube e etc.
Está sendo tudo novo pra mim, e isso acabou mudando um pouco a minha visão sobre essa história. Tive de pensar bastante sobre como iria prosseguir e o que iria fazer. Por isso alguns detalhes mudarão.... E coisas que havia planejado também sofrerão alterações...
Agradeço a todos que acompanham essa história e que amam Maya e Lucas como eu, e peço que continuem acompanhando a história, pois ela vai dar uma reviravolta daquelas...
Mil beijos para todos... Senti muitas saudades
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
