DEMON. [Muke Clemmings]

† The End †

“ "Se você o ama, mate-o"
   "Se você o quer, sinta-o"
   "Se você o quer, deixe-o"

Luke apenas escutou essas vozes e matou quem amava, era isso que as pessoas faziam não era? Não era com o amor que as pessoas se matavam, se deleitavam em falso prazer? Não era o amor, o falso sentimento que as pessoas usavam como desculpa para sua morte interior? Sua mudança de caráter? Não era pelo amor, que todos em sua volta viviam morrendo?

Luke fez o certo. Luke é um bom rapaz.

Vamos retomar alguns pontos, dessa confusa história de amor, talvez, uma história perturbada, assim vocês a definiriam? 

Luke Robert Hemmings, 19 anos, esquizofrênico.

Michael Gordon Clifford, 20 anos, bipolar.

Calum Thomas Hood, 20 anos, dupla personalidade.

Ashton Fletcher Irwin, 22 anos, um jornalista em busca de fama.

Cartas colocadas na mesa, podemos continuar? Claro que podemos.

O que os três primeiros tem em comum? Um problema mental com tratamento.

E o que um estudante de jornalismo tem a ver com tudo isso?
Talvez ele esteja a procura de uma boa nota.

Luke era apaixonado por Michael, por conta deles estarem um manicômio, um namoro ali seria um pouco impossível.

Michael delirava por conta dos diversos remédios aplicados em sua veia, assim como Luke e Calum. Eles criaram mundos em suas cabeças, os fazendo acreditar estarem fora daquele lugar, que prometia uma cura, mas na verdade a única cura que os pacientes encontravam era entrar de uma vez em um caixão.

Ashton, fazia faculdade a um tempo, boas notas, aluno exemplar. Ele precisava arrumar um emprego, ele foi procurar no maior jornal, eram poucas vagas para vários jornalistas presentes, e assim, foi lançado um desafio. Quem conseguisse a melhor matéria conseguiria o cargo. Irwin, não pensou duas vezes, ele não deixaria a oportunidade, de poder ser conhecido mundialmente, para o lado.
E assim ele teve a brilhante ideia de ir fazer uma matéria sobre um dos maiores manicômios da cidade.

Luke, foi a primeira vítima de Irwin, muito inocente contava absolutamente tudo que se passava naquela cabecinha confusa.

Michael, foi o segundo, um pouco mais complicado, extremamente fechado não contava quase nada, mas não impedia Ashton de agir.

Calum, dupla personalidade, quando uma não falava ele acabava se entregando sem querer pela outra.

"O maldito jornalista" assim Irwin era chamado, após a morte dos três fou amoureux, assim haviam os batizado.

Ashton passou dias, semanas, meses dentro daquele lugar tentando entender como, quando e por quê eles eram daquele jeito. As doenças e transtornos tinham tratamento, porque afinal as famílias os mandaram para cá.

Quando estava prestes a terminar seu trabalho, Ashton, começou a pirar junto de todos ali. Ele havia adquirido medo de sair daquele lugar, ele não conseguia falar, comer, dormir. Eram noites em claro escutando sussurros, vozes, aparições, ele só queria ir embora.

Por ser rico, Ashton, realmente conseguiu tratamento descente, assim que se curou pegou todos seus documentos e pesquisas, saindo daquele inferno o mais rápido possível. Ele não conseguiu o cargo por simplesmente não ter entregado a matéria, ele guardou tudo para poder escrever um livro.

Mas é claro que nesse livro ele contará que o culpado de grande maioria das mortes no lugar foi culpa dele, também não vai contar sobre o possível caso com um dos pacientes. Talvez ele minta, omita, aumente fatos, talvez ele não conte nada. Talvez ele apenas, esteja escrevendo tudo isso para confundir a mente de cada um. Talvez ele seja todo o demônio da história.

Será que vocês estão preparados psicologicamente para entender tudo que aconteceu?

Ah e antes que eu me esqueça, não esqueçam de olhar debaixo da cama.” – Ashton riu baixo terminando de digitar seu livro, o mesmo afundou seu corpo na cadeira e suspirou fechando MacBook. Passou as mãos em seu cabelo e mordeu os lábios, se olhando no espelho, vendo seus olhos ficarem levemente vermelhos.