Desentendimento e convite

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—Capítulo 2—

Seattle as 08h05min P.M

POV Elizabeth Borges

Passei pelos grandes portões de entrada e estacione o meu carro na garagem. Peguei minha bolça no banco do passageiro e saí do carro apertando o alarme em seguida. Fui em direção à porta e entrei na casa indo até a sala de visitas vendo minha mãe lendo uma revista, mas assim que me viu abriu um sorriso soltando a revista e vindo à minha direção me dando um beijo no rosto.

– Oi meu amor – disse mamãe sorridente – Como foi seu dia? – Perguntou voltando para o sofá.

Pensei no finalzinho de tarde que passei na casa da Pattie.

– Foi bom. – sorri indo até o sofá e sentando nele deixando minha bolça ao meu lado – E o da senhora?

– Foi tranquilo – deu de ombros – Não tinha muita coisa para fazer no escritório.

Mamãe era umas das melhores advogadas de Seattle, ela já resolveu muitos casos difíceis.

– Hoje eu fui à casa da Pattie.

– Pattie uma das faxineiras da empresa do seu pai? – Perguntou enrugando a testa e eu assenti – O que foi fazer na casa dela?

– Depois do almoço com o papai eu fui para casa do Peter e quando estava indo embora a vi descendo do ónibus. Ela me convidou para tomar um café. – sorri de canto.

– Você odeia café. – ela sorriu brincalhona me fazendo revirar os olhos.

– Faz um tempinho que estou tomando, estou aprendendo a gostar – ficamos em silêncio por alguns segundos e voltei a falar – Acredita que ela vai de ónibus e volta do trabalho todos os dias, ela leva uma hora para ir e voltar mais um menos.

– Serio? – Arregalou os olhos – Como ela aguenta?

– Não sei – balancei a cabeça em negativo – E ela tem um filho – sorri de lado ao me lembrar de Justin.

– Pensei que ela não tinha me parece muito jovem para ter filhos – sorriu fraco.

– Sim. E isso não é tudo, ele é paraplégico – minha mãe abriu a boca um pouco espantada.

– Nossa! Isso é horrível. – disse me fazendo assenti.

– Ele aparentava ser uma pessoa boa, trocamos poucas palavras quase não dá para chamar aquilo de uma "conversa" – fiz aspas com os dedos – Ele tem uma pele que parece ser de boneco – disse me lembrando do rosto de Justin – Os olhos dele são bem castanho, uma cor muito linda – balancei a cabeça espantando os pensamentos sobre Justin.

– Ele deve ser um fofo – percebi o jeito que mamãe disse, ela estava pensando que ele era uma criança.

– Ah! Não mamãe, quer dizer ele parece ser mesmo um fofo, só que ele não é criança – disse e a vi me olhar espantada – Ele já adulto.

– Adulto?

– É ele tem vinte e um anos já – dei de ombros.

– Nossa é um rapaz. – sorriu de canto – Quando estava elogiando ele, pensei que estava falando de uma criança.

– O que te fez pensar nisso? – Franzi o cenho.

– Do jeito que falava parecia que estava apaixonada pela beleza da "criança" – fez aspas com os dedos sorrindo brincalhona.

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