Voltar a terapia

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—Capítulo 10—

Segunda-feira ás 10h:21min A.M

Encontrava-me encarando o teto do meu quarto. Tive uma péssima noite, não consegui dormi direito, apenas cochilava e acordava, só queria que tudo fosse um pesadelo e que a dor que eu estava sentindo nunca estivesse em meu peito.

Olhei para o relógio em meu criado mudo vendo que era quase dez e meia da manhã e sem vontade alguma, levantei e fui em direção do banheiro me trancando no mesmo.

[...]

Comia um sanduiche que a cozinheira da casa tinha feito. Eu não tinha fome, apenas comia para não desmaiar de fome ou passar mal. Terminando de comer coloquei na pia o que tinha sujado e subi para meu quarto tirando a roupa de dormi e colocando uma quentinha, peguei as chaves do carro e minha bolsa e fui em direção à garagem, logo já tinha entrado no carro e tinha pegado a estrada.

Liguei o rádio e nesse tocava uma música lenta e romântica, o que me fez mudar rápido de estação trocando por uma música animada. Parei num sinal escutando meu celular tocar e quando olhei o visor vi que era Peter. Uma raiva me subiu assim que vi que a foto que estava na tela era uma minha e dele se beijando, deixei meu celular tocando e voltei e dirigir, o toque era até animado.

Dirigi por mais algumas quadras e entrei no estacionamento do prédio do meu pai estacionando o carro na vaga para funcionários. Desci do mesmo apertando o alarme e entrei no prédio cumprimentando algumas pessoas apenas com um aceno e um sorriso forçado. Sábado depois que voltei da casa do Justin não vi meu pai e nem minha mãe, aliás, não vi ninguém. Domingo passei o dia todo no meu quarto sem vê-los. Deixei meu quarto trancando, não queria ver ninguém e não queria que eles me vissem daquele jeito.

O elevador parou abrindo as portas e eu saí indo em direção da mesa onde Pattie estava. Assim que ela me viu abriu um sorriso enorme. Fiz o mesmo. E pela primeira vez no dia eu abri um sorriso sem ser forçado.

– Bom dia querida – ela parecia estar radiando de felicidade.

– Bom dia Pattie – continuava com meu sorriso – Como está?

– Estou ótima e você?

"Ótima, não estou e nem bem, mas vou ficar" foi o que eu pensei em falar, mas não precisa externar isso, então menti.

– Estou bem – dei de ombros – Meu pai está no escritório dele?

– Sim! Acabou de sair de uma reunião.

– Vou entrar para vê-lo – dei um passo para ir até a sala do meu pai, mas voltei e olhei para Pattie – E o Justin, como está?

– Ele está muito bem Eliza. Obrigada por perguntar – falou feliz me fazendo rir baixo – Acredita que ele quer voltar a fazer a terapia.

– Serio? – Abri a boca em completa surpresa, era uma notícia e tanto – Isso é maravilhoso – sorri de ponta a ponta.

– Estou muito feliz – sorriu mostrando os dentes, mas logo desfez o sorriso – O único problema é que a terapia é muito cara, vai ser complicado pagar tudo – suspirou e desviou o olhar como que arrependida do que tinha falado – Desculpe, eu não...

– Eu posso ajudar nisso! – A interrompi – Posso pagar a terapia sem problema nenhum – ela arregalar os olhos balançando a cabeça em negativo.

–Não, não posso aceitar. Seria muito dinheiro, muito obrigada Eliza, mas não posso aceitar.

– Pattie aceita, a senhora sabe que posso pagar. Dinheiro para os Borges não é problema – sorri animada a vendo balançar a cabeça de novo.

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