A casa da Floresta

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"As casas naquela rua eram comuns" Isso era o que me era comprovado a cada bairro. Então o que de tão especial era pra ser visto naquela casa da floresta? Era fato, eu não devia estar ali. Mas eu estava, e junto comigo minha curiosidade e um diário de aventuras

Meu pai tinha me dado o diário. Era para colocar segredos e aventuras. Mas eu não as tinhas, nem os segredos, muito menos as aventuras. Porém as queria

Afinal o que se tinha a temer aquela casa? Ele era uma casa como todas as outras

Muitas histórias eram contadas daquela casa. Todas de terror. Todas um aviso dentre linhas que você deveria ficar longe. Mas só fim todas eram apenas histórias em preto e branco contadas pelos adultos, para que seus filhos tivessem medo o suficiente para ficar longe  

Senti uma pontada de frio quando a roupa da minha boneca se encostou em mim

As histórias fizeram um ótimo papel em me assustar, porém eu queria completar o meu diário, começa-lo na real verdade

Estava escuro a a casa era envolta por um mar de árvores, que ao soar do vento fizeram um som assustador

"Mas afinal esse era o som de todas as árvores"

Com passos vacilantes cheguei a varanda da casa. Quando meus pequenos pés pisaram na madeira gasta, ela rangeu como se sentisse dor

UM

DOIS

TRÊS

Três gritos ao final, três obstáculos imaginários ao final

"Viu nada a temer"

Meu braço se estendeu até à porta

UM ESTRONDO!

Minha cabeça se virou para o lado, com os olhos como somente linhas, pois o medo os havia trancados. Com a ausência de sons, abri meus olhos vacilantes

ALÍVIO!

Era só meu diário esquecido, só meu próprio descuido

Meu ouvido reclamou ao ouvir o ranger o som estridente das dobradiças da porta

Não pude ver mas tive certeza que meu rosto se empalideceu ao ver uma menina sentada em um sofá velho na frente de uma lareira apagada, por talvez anos, por seus flocos brancos

Ao respirar pela boca, vi meu ar sair banco pelo frio

Em passos lentos me aproximei atraída pelo choro começado a poucos instantes

Estiquei meu braço para cima dela. Ele levantou seu rosto

VAZIO

Era sem nada, apenas transparente

Ao som do meu grito eu corri pela porta, deixando cair pelo caminho meu diário e minha boneca

O CAMINHO

O caminho estava no fim quando vi que ela estava perto, subi no tronco da árvore

PASSOU

Ela passou, me levantei para sair, me pé escorregou, e a única coisa que senti foi meu pescoço apertado pela corda...

SERÃO APENAS HISTÓRIAS? ...

DECIDA!

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