Corri para o meu quarto e assim que entrei, fechei a porta atrás de mim com um estrondo. Tranquei-a e abri meu guarda-roupa, tirando a maior parte das roupas de lá. Peguei a cadeira da escrivaninha e subi nela, para alcançar a mala em cima do móvel.
Peguei as peças de roupa e as enfiei de qualquer jeito na mala, tentnado descontar naqueles pedaços de tecido toda a raiva que eu sentia. As lágrimas me impediam a visão, portanto, quando não aguentei mais, desabei na cama, e encolhido, chorei.
Logo, ouvi alguém bater à porta. Batia tão forte que parecia querer quebrá-la.
— Saia daí, seu merda! Enfrente-me como um homem! – gritou meu pai, batendo mais forte na porta. Comecei a soluçar. — Ah, esqueci... – ele parou de bater. — Você é só uma mulherzinha...
Levei a mão à boca para tentar conter o choro. A dor que senti ao tocá-la me lembrou do corte causado pelo soco que levei. As pontas dos meus dedos estavam manchadas de sangue.
— Quero que vá embora. Nunca mais volte. – anunciou meu pai, com a voz um pouco mais calma. — Você não é mais meu filho...
Ouvi seus passos ecoarem pelo corredor e então, o silêncio.
Ele não precisava ter pedido. Eu já estava indo embora.
Levantei devagar e voltei a colocar as roupas na mala, dessa vez, sem tanta pressa ou descuido. Retirei as camisas amassadas e as dobrei.
— Filho?
Era minha mãe.
— Por favor, perdoe o seu pai. – pediu ela, com a voz fraca. Ele bateu nela de novo? — Ele está estressado com as contas da empresa... ele não...
Caminhei até a porta e as destranquei, abrindo-a. Olhei nos olhos de minha mãe. Ela parecia tão frágil...
Abracei-a, deitando sua cabeça em meu ombro. Ela enrolou seus braços à minha volta e começou a chorar baixinho. Fechei os olhos e suspirei.
— Eu tenho que ir...
— Por favor, não... – ela levantou o olhar. — Fique.
— Ele não me quer aqui.
— Ele está estressado. É passageiro... – insistiu. — Perdoe o seu pai, Minhyuk...
— Ele nunca foi meu pai, mãe. Nunca. – murmurei. Ela ficou quieta.
— Espero que seja feliz.
— Qualquer lugar é melhor do que aqui... – me virei para entrar no quarto mas parei no meio do caminho. Olhei fundo nos olhos de minha mãe. — Eu volto para te buscar.
Ela sorriu e agradeceu. Uma última lágrima escorreu por seu rosto antes que depositasse um longo beijo em minha testa e fosse embora.
Mal sabia eu que aquela seria a última vez que a vi.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Fic nova pq pessoas especiais pediram pra postar ♡
LOLA POSTA SUA FIC SUA NAJA
bjbj
Mamain ama vcs
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Boy Next Door » showhyuk
FanficLee Minhyuk sempre sofreu certo preconceito por ser diferente. Era um pouco mais sensível do que os outros garotos de sua idade, e por isso, até mesmo parte de sua família o rejeitou. Ao decidir se mudar para os dormitórios de sua faculdade ao invés...