VII - Uma nova perspectiva

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Levantei da cama totalmente desnuda, apanhando minha roupa, que estava espalhada pelo chão do quarto. Habilidosamente vesti, estando descente em poucos segundos. Eu era tão rápida para me vestir quanto era para me despir.

Caminhei até a simplória cômoda, olhei o celular, havia 3 chamadas perdidas e uma mensagem no Whatsapp. As ligações não eram de ninguém conhecido, não merecendo nenhuma atenção. Conferi a mensagem, era Nathan, pensei por alguns segundos se devia responder, mas por fim ignorei a mensagem, guardando o celular no bolso da calça. Logo senti um corpo sendo pressionado contra o meu.

_. Mal acabamos e já quer mais? _ provoquei.

_. Nem pensar! Assim você me mata. _ ele falou encostando o queixo no meu ombro.

Me virei, respondendo com um semblante maroto:

_. Ninguém te contou? Essa é a ideia!

Ele me beijou, mas o ato foi logo interrompido pelo meu celular tocando. Imaginei que fosse Nathan me ligando enquanto alcançava o aparelho em meu bolso, mas ao pegar o aparelho e conferir o visor, pude ver que era o número desconhecido que havia me ligado antes. Atendi da forma habitual.

_. Fala!

Aguardei alguns segundos com intenção de ouvir o que a pessoa falava, até que por fim respondi:

_. OK, mas me mudei a algum tempo, não posso te ajudar. _ ouvi mais lamúrias enquanto via o homem de cueca que antes me beijava seguir para colocar um short e me observar de longe, voltei a replicar: _. Não sei, estou longe demais para garantir qualquer coisa. Me dê alguns dias, não é uma garantia mas vou tentar.

Encerrei a ligação antes que a pessoa pudesse falar mais algo, guardando o celular no bolso novamente.

_. Parecia importante. _ ele lançou a isca, na intenção de conseguir saber algo.

_. Na verdade, não. Só um trabalhinho.

_. Hum.

_. Bem, melhor eu ir indo.

_ Tá bom. Te levo até a porta. _ ele disse passando os dedos pelo cabelo negro.

Eu já sabia o caminho. Fui na frente, atravessando o apartamento, sendo acompanhada de perto. Chegando a porta dei espaço para ele destrancar a porta e abri-la.

_. A tarde foi proveitosa.

_. Concordo. _ele respondeu enquanto passava um braço pela minha cintura, me trazendo para mais perto dele e me dando um beijo forte. E enquanto me dava pequenos beijos perguntou: _. Quando te vejo novamente?

_. Não sei. Eu ligo. _ ele me deu mais um beijo longo, até que me afastei._. Tchau Lucas.

_. Tchau Katherine.

Caminhei até o elevador, sem olhar para trás, entrando assim que o mesmo abriu suas portas. Era somente alguns andares até o térreo, mas os segundos que levava sempre pareciam uma eternidade.

Eu tinha a mesma sensação desde pequena, não tinha medo de elevadores, mas os 3 segundos que antecediam minha entrada no ascensor me faziam pensar que assim que eu entrasse ele iria cair, e mesmo assim sempre adentrava, tranquilizando-me que seria uma morte rápida caso isso acontecesse, e aproveitava o trajeto que sempre parecia uma eternidade.

O apartamento do Lucas era no centro da cidade, eu levaria cerca de meia hora de ônibus até em casa. O tempo passaria rápido quando eu enfiasse os fones no ouvido com música em último volume.

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⏰ Última atualização: Sep 18, 2016 ⏰

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