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Patrick Narrando..

Porra, subi na minha XRE e meti meu pé pra casa. Fui chorando mesmo, e vocês podem me chamar de boiola, viado ou baitola, não ligo.. Minha vontade era de comer o Lz na porrada, sem neurose.

Ouvir a Valentina chamá-lo de pai, acabou comigo.. Mostrou o quanto eu sou imprestável como pai, como marido e como homem. a Victória me viu chorando, e me olhou com aquele olhar de pena, como se quisesse vir até a mim, mas não veio..

Eu nunca sofri tanto na minha vida como estou sofrendo nesses últimos meses.. Juro, nunca sofri.

Nunca achei que sofreria isso por não ter a Victória comigo, nunca levei fé quando ela dizia que ia sair de casa, agora me vejo nessa fossa que estou. Só vivo em bares ou na boca.. Se eu pudesse voltar a meses atrás, eu daria muito mais valor a Victória, mas é aquele ditado, só damos valor quando perdemos..

Minha vontade é de chegar lá, e mandar a Victória arrumar as malas e sair daqui por um tempo. Só eu e ela, pra acerta tudo, ou passar a borracha em tudo. Vê ela com aquele filha da puta me incomodou bastante, e fez com que eu incomodasse ela também... Porra, ela tá linda. De verdade, muito linda.

Cheguei em casa e a Aline estava no sofá, com sua barriga de 5 meses e algumas semanas..

- Caralho Patrick, aonde você tava? - disse se levantando do sofá.

- Não enche não Aline.- estava indo em direção a cozinha.

- Tava com a puta da Victória né? Sua mulher sou eu caralho, me respeita.- voltei da onde eu estava e peguei Aline pelo pescoço.

- Olha como tu fala, ouviu? Ela não é você não caralho.- Apertava mais o seu pescoço - a Victória não é você não porra. Maldita hora em que te peguei

- PK, tá me machucando.... Por favor.. - ela falava tentando recuperar o ar.- Nosso filho Patrick, por favor.

- Você tem muita sorte Aline, muita sorte por carregar essa criança ai dentro.. - a soltei.

- essa criança que também é seu filho - passou a mão no pescoço.

-Que não foi planejado, não por mim.

- Ah é, meu dedo gozou em mim.

- Você me disse que tomava remédio, eu te dava dinheiro piranha - dei um tapa na cara dela, a raiva da Aline era demais.

- Bate mais Patrick, o problema é seu. Você não deveria ter ido comer "lixo" na rua.. Eu não tô errada nessa história não. O errado foi você, era casado e foi procurar na rua. A Victória era tudo de bom.. E o que tu fez? Trocou o que tu tinha em casa e tá ai sofrendo igual a um otário. Malandro demais sempre acaba se atrapalhando né? - olhei pra cara da Aline com toda a minha fúria, minha vontade era de socar ela até morrer, mas eu não podia, ela tava grávida e se eu pegasse ela, eu não mediria forças.

- Eu tô doido pra essa criança nascer Aline, porque assim que ela nascer já se considere uma pessoa morta. - ela me olhou assustada.

- Você não é nem maluco PK.

- Tô vendo que você não me conhece mesmo Aline. Se eu fosse você ralava enquanto é tempo, e quando meu filho nascer, você trazer ele pra mim..- disse subindo as escadas.

Primeira Dama [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora