Primeira Dama [Concluído]

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🎆 19 Diaaaaas🎆
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Victória narrando.

Eu estava numa agonia, num desespero sem fim. Porra, cadê Luiz que não dá notícias?! Cadê o Patrick que ainda não veio ver a Valentina?!

Ai meu Deus, será que o pressentimento que eu tive está correto?!

Já perdi as contas de quantas vezes eu orei e implorei pra que seja só mais uma paranóia da minha cabeça, apenas uma loucura, um devaneio..

- Amiga? - disse Tati, já entrando em minha casa.

- Oii, amiga - a abracei - KL já está em casa? Já acabou?! - ela assentiu com uma cara nada boa - Tá com essa cara, por quê? O que houve, Tatiana?!

- Olha.. senta aí, cara.. - fiz o que ela pediu - Não pira, morô?!

- Isso é a pior coisa pra se falar pra uma pessoa que está mega nervosa, Tatiana! - exaltei-me - Desembucha logo, merda!

- Cara.. o Luiz tá no hospital... ele, ele.. - ela parecia procurar as palavras corretas, respirou fundo e disse de uma vez - Amiga, o Luiz tá no hospital baleado!

Sabe quando o seu mundo desaba? Você não sabe pra onde correr, pra onde ir, se para e chora, ou então se grita, não sabe o que faz?!

- Como assim, Tati? - dizia já sentindo as lágrimas percorrendo meu rosto.

- Ele foi atingido com o um tiro no abdômen, eu não sei direito, o PK não explicou. Mas, se você quiser ir ao hospital, o KL te leva. - apenas assenti, eu ainda estava atônita. Apertei mais ainda o Bernardo em meu meu colo e olhei pra ela.

- Mas e meu trabalho? As crianças...

- Relaxa que dou meu jeito.. Eles ficam lá em casa, e eu falo com a dona Cris, o salão tá fechado mesmo, ela vai entender. - assenti, coloquei um short e prendi meu cabelo. Encontrei com o KL e fomos em direção ao hospital.

No caminho eu só conseguia chorar, o Lz não pode morrer!

Realmente é na hora que estamos perdendo que passamos a dar valor, agora eu tô vendo que amo o Luiz. Não o amor carnal, não o amor que eu infelizmente ainda sinto pelo Patrick, mas aquele amor de gratidão, de amizade, de companheirismo. Eu fui muito feliz ao lado do Luiz e isso não posso negar. Ele me mostrou como é bom ser amada, respeitada, me proporcionou momentos únicos e me deu meu pequeno.

Sim, eu amo o Lz, pode não ser da forma que ele merece, mas é o amor que eu fui capaz de dar e, com certeza, ele foi sincero. Luiz me ajudou no meu pior momento, quando Patrick se afastou da Valentina ele praticamente assumiu ela como filha, ele me deu forças quando pensei que desmoronaria. E pelo aquilo sempre seria grata, eu tenho um carinho do caralho por ele e isso nunca vai mudar.

Por favor, meu Deus, não tira ele de mim, não tira ele do meu filho!

Cheguei no posto totalmente desesperada, eu precisava que ele fosse forte! Me surpreendi quando vi o PK lá na sala de espera, sua expressão era de preocupação.

- Cadê ele, Patrick?! - perguntei exasperada e com as lágrimas banhando meu rosto.

- Sendo operado, Vic.. - eu respirava fundo, sentia uma dor muito forte no meu coração - Calma, cara, respira... Tu não pode ficar nervosa.

- Não posso?! É o pai do meu filho que tá lá dentro, como tu me pede calma, porra?!

Ele não falou mais nada e eu também não perguntei. Aquela demora tava acabando comigo, eu precisava saber como ele tava, precisava saber como aconteceu tudo isso e, principalmente, se ele ficaria vivo.