Pois é, voltei. Mesmo que sem vontade, voltei por essa cidade. Voltei pelos barulhentos automóveis que me furtam a calma, pelos prédios e monumentos que me contemplam a alma. Tempo não para, Margarida, e por mais que eu almeje atravessar a vida afagado em nuvens, os dias não irão poupar-me de suas doloridas ferrugens. Voltei então para viver o tempo. E não venha espernear-se em oposição ao meu retorno. No fundo sabes que não importa quantas voltas me envolvam; sou teu ônibus e tu és o meu ponto predileto.
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Viagem à Imensidão da Mente
PoetryDevaneios particulares de uma mente sem vivências.