Ela fotografou perfeitamente o momento em que eu passava pela avenida; quando os ventos sopravam nervosos e a chuva não estava disposta a brincar. Aquele tempo revolto não a intimidou e, protegida por um enferrujado e velho guarda-chuva torto, ela fotografou.
A imagem mais singela de um vagabundo seguindo seus próprios passos e a mãe natureza deixando seus imensos rastros, ela registrou. Nada parecia incomodá-la, ela era o livre pássaro impermeável debaixo de um horrendo céu carregado. Estava lá apenas para registrar um segundo em que sua espontaneidade foi verdadeira.
E seguiu a fotografar. Seguiu a poetizar em imagens todos os males que a vida na metrópole nos concede. Debaixo de sol ou de chuva, ela segue a eternizar fatos e fantasias de um tempo onde mais nada além da casualidade dos dias nos importa.
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Viagem à Imensidão da Mente
PoesíaDevaneios particulares de uma mente sem vivências.