Tudo escuro. A mente se aquece, o corpo não obedece... Essa é a minha velha e sádica companheira noturna.
Tudo vem em mente, tudo se torna rente. Todas as coisas que não fui capaz de lembrar durante o cansaço do dia, agora parecem vir à tona. Na escuridão do quarto, ouço em gritos o que poderia ter dito com mais clareza sob o sol da tarde, na presença de terceiros. Ideias e planejamentos que joguei para o oblívio me atacam com tudo o que não tinham quando ainda os pensava. Vejo pontos, nuvens e imagens de pessoas com quem gostaria de sonhar ou já ter sonhado, incapaz de lembrar se já sonhei algum dia. Vejo tudo sem poder enxergar absolutamente nada.
Essa é minha antiga sina; ter que esperar pelos primeiros indícios sonoros do escarcéu da manhã para cair no sono.
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Viagem à Imensidão da Mente
PoésieDevaneios particulares de uma mente sem vivências.