31. Nightmare

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Point of view Alison Dilaurentis

Quatro meses e alguns dias. Esse é o tempo em que estou aqui. Sei que não devia estar contando dia por dia, sei que devia estar vivendo todos os dias como se fosse o último e tentar ver o lado bom de estar aqui, sei também que não devia estar fazendo o que eu estou fazendo agora.

Respiro fundo e insiro a pequena chave na fechadura, sinto um frio na barriga e sei muito bem que se ele descobrisse não iria levar aquilo na brincadeira. A gaveta de madeira de abre lentamente e tudo o que vejo são papéis, miniaturas de super-heróis e uma bússola bem antiga.

Eu realmente não devia estar mexendo em nada aqui. Não devia. Eu sei que não. Mas eu não aguento ficar mais uma hora dentro desse quarto sem fazer nada.

Pego os papéis que estavam na gaveta e os coloco na cama, espalho todos sobre o colchão macio e vejo que todos estão em letras miúdas. Entre as folhas acho uma foto antiga de uma menino, cabelos negros com a pele bem branquinha e um sorriso angelical.

Sorrio ao ver uma imagem espontânea de uma criança tão fofa e linda. Aos poucos a imagem da bela criança se destorce e vejo suas expressões mudarem, seu rosto agora está triste e sombrio. Me assusto com a mudança repentina e deixo a foto cair em cima da cama, a mesma começa a entrar em combustão junto com os outros papéis e as miniaturas que lá estavam.

A única coisa que não se queimou foi a bússola dourada e antiga. Encaro a mesma durante alguns segundos com a respiração ofegante, quando de repente ela se abre e começa a rodar rapidamente.

Me afasto com medo e tento abrir a porta negra. Eu quero quero sair daqui. Eu preciso sair daqui. A bússola para e eu desisto de tentar abrir a porta, chego perto da mesma e o ponteiro marca para direção oeste.

Direção Oeste.

Acordo assustada. A camisa preta está grudada em meu corpo e a primeira coisa que vejo e a figura de Zayn com os cabelos bagunçados.

"Você está bem?" ele pergunta ainda com as mãos no meu ombro. Assenti ainda com a respiração ofegante e analiso cada canto daquele quarto. Que tipo de pesadelo foi esse?

"Sim, foi só um pesadelo." falo e me levanto de vagar indo em direção ao banheiro.

O reflexo do espelho mostra meu cabelo bagunçado e na minha testa escorria suor. Abri o registro da torneira e a água saiu em abundância, peguei um pouco com a mão e joguei em meu rosto. Sequei na toalha branca e fiz um prendi o cabelo com o elástico que tinha pulso.

Deitei novamente na cama macia e confortável e o moreno me puxou para o lado dele fazendo-me deitar minha cabeça em seu peito. Respirei fundo e o cheiro de nicotina e perfume invadiu minhas narinas, ele tem um cheiro tão bom! Em questão de minutos cai no sono novamente.

•••

"Não sei Spencer, eu jurava que não era um sonho até tudo começar a pegar fogo do nada." fecho a porta do meu armário assim que termino de colocar meus livros lá dentro.

"Será que é um aviso?!" ela pergunta curiosa.

"Não sei se acredito nessas coisas." respondo colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Hoje está um calor insuportável e sinto que irei derreter a qualquer momento, por isso preferi ir as aulas de chinelo mesmo.

"O que rolou ontem à noite?" Spencer pergunta com o tom de voz malicioso e eu fico um pouco vermelha.

"Sempre quando o clima começa a esquentar alguém tem que bater na porta e o chamar para resolver alguma coisa." falo com revolta. Eu realmente estava decidida ontem.

"Acho que isso é um sinal." Spencer fala pensativa e me fazendo rir.

"Você acredita nessas coisas?" pergunto enquanto tiro a chave do dormitório do bolso do meu short jeans

"Acredito que as coisas acontecem por uma razão, o seu sonho certamente vai te ajudar em algum momento futuro." ela fala assim que fecha a porta branca do nosso quarto. Jogo minha bolsa no chão e me deito na cama.

"É, talvez ajude." concordo. "Aqui tem piscina?!" pergunto em seguida.

"Tem, uma enorme! Fica nos fundos do território, ninguém a utiliza por isso lá fica abandonado e é onde eles vendem drogas." ela fala olhando para o teto.

"Podíamos dar um jeito de conseguirmos usar, ninguém aguenta tanto calor! Acho que vou comprar algo para beber naquelas máquinas, você quer alguma coisa?" pergunto enquanto me levanto da cama.

"Trás uma água e um suco." Spencer pede. Assenti e rodei a chave da porta, fazendo-a abrir.

Ando tranquilamente no corredor quando meu braço é puxado de uma maneira brusca pra dentro do quarto de limpeza.

"Aí, quem é você?" pergunto desesperada de susto. Puxo meu braço com força mas não consigo sair do aperto da pessoa.

"Você vai me pagar por ter feito o Malik quebrar aquela garrafa na minha cabeça sua vadia." a voz daquele ser imundo soou no pé do meu ouvido me fazendo ficar com um medo incontrolável.

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me desculpem mesmo, eu demorei pra caramba podem me bater viu?

eu não conseguia escrever, juro! mas eu não podia deixar de atualizar então eu me esforcei pra caralho e tô conseguido voltar aos poucos

espero que tenham gostado, pf comentem e votem seus lindos

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WEST COAST // zaynOnde histórias criam vida. Descubra agora