O Sonho

153 12 5
                                    

(Revisão)

Ele estava ali, na minha frente. As lagrimas caiam de seu olhos sem rumos...

E eu?

É... Estava chorando?

Por que eu estava chorando?

Ele mim dizia: —"Me desculpa, por favor... Me desculpa"

Porque ele estava pedindo desculpas?

Eu não tinha forças para falar nada.

Estava deitada, e ele? Ele estava em minha frente, segurando minha mão e mim pedindo desculpas.

Como assim?

Ele tocava em meu rosto, como se estivesse despedindo-se.

Tudo isso ficou aí dá mais estranho, quando senti meus olhos fechando...

***


Acordei muito suada, tremendo e com as pernas bambas. Será que isso aconteceu mesmo?

Não.

Foi apenas um pesadelo.

Ainda bem.

Quando levanto, pego uma roupa, vou para o banheiro, faço minhas higienes, tomo um banho bem demorado, visto uma roupa qualquer (uma saia soltinha jeans e uma blusa preta) e desço para tomar café.

Encontro minha mãe sentada no sofá da sala, assistindo uma programação qualquer da TV.

— Boa tarde dorminhoca! – Ela diz com grande animação.

— Boa tarde? Dorminhoca? Que horas são? – Perguntei, quando percebi o que ela tinha dito.

— Já são 14:27. – Falou olhando a tela do celular – Agora almoça logo que vamos sair.

—Mãe, em pleno sábado, a senhora quer sair? Eu não vo...

— É impossível recusar. Já combinei com minha amiga, e ela convidou você também. – Mim interrompe, e fala você com enfase.

—Aff. – Murmurei.

Almoçei e subo rápido as escadas, fui a procura de uma roupa. Quem será essa amiga? Por que ela quer tanto que eu vá? Deve ser só mais uma velha amiga da minha mãe. Aposto! Com que roupa eu vou?

Como já tinha tomado banho, e não to maluca para tomar outro, só faço vestir a roupa que tinha escolhido (saia justa  jeans preta de cintura alta, uma blusinha cropped azul, e uma sapatilha florida). Meu cabelo é cacheado. Até demais. Faço apenas um coque soltinho deixando alguns cachos.

***

Chegando lá, vi uma casa linda, é enorme e tem alguns carros na frente. Um murinho de uns meio metro de altura, com uma "cerca viva", com umas flores amareladas lindas, suas portas e janelas amadeiradas com um tom escuro, um pequeno espaço na frente, que parecia com uma varanda. A casa tem um grande espaço entre a casa e a "cerca viva", com um gramado bem verdinho com algumas flores, na verdade, para ser mais específica, copos de leite e tulipas, minhas preferidas, dava para perceber que a casa é de primeiro andar, e que a dona da casa, a amiga da minha mãe, tem muito bom gosto, só de observar a frente da casa e ver aquelas cadeiras de terraços de ferro branco com uns detalhes lindos, rústicos.

Será que era uma festa? Ou uma despedida?

A única coisa que eu sei é que estou aqui contra a minha vontade.

Tocamos a campainha duas vezes. Quem abre é um menino lindo de olhos azuis. Minha mãe conhece ele. Mas eu não.

E isso mim intriga.

Por que minha mãe conhece esse rapaz e eu não?

GAROTO ERRADOOnde histórias criam vida. Descubra agora