Música?

88 9 8
                                    

(Revisão)

— Oi Gabriel! Como você está grande querido, – minha mãe diz dando um abraço nele e um beijo em sua bochecha, que por sinal, estava bem coradinha – filha, esse aqui é o Gabriel, o filho da Verônica, lembra dela? 

— Lembro sim mãe! – Na verdade eu não faço a mínima ideia de quem seja essa tal de Verônica.

— Converse com o Gabriel! Espero que virem amigos. Vou procurar a Verônica.

Como ela é capaz de deixar sua filha com um estranho?

— Oi! – Falo um pouco tímida, ele percebeu que estava envergonhada e veio mim abraçar.

— Oi, tudo bem Princesa? – Não gosto quando as pessoas mim chamam assim – Minha mãe mim falou de você, mas não disse que era tão linda! – Falou quando mim soltou do abraço.

— Serio? – Assentiu, senti meu rosto queimar, com certeza estava corada – Que exagero! Deixa eu te dizer uma coisa, não gosto de apelidos, meu nome é Júlia! E respondendo sua pergunta: Estou bem e não estou ao mesmo tempo...

— O que aconteceu? Perai... Não responde. Eu já sei! – fez cara de convencido.

— O que é então?

— Vamos lá em cima assim a gente conversar melhor. Esta muito barulho aqui.

Assentir com a cabeça, apesar de pensar mil coisas, segui-lo. Eu não sei se ele é um estuprador que se aproveita de meninas inocentes com eu... Mas, vamos dar um voto de confiança ao estranho, que nunca vi na vida e que estou na casa dele nesse exato momento.

A casa está cheia de mulheres que tinham entre 30 à 55 anos, que não paravam de falar sobre as mesmices de suas vidas. Os empregos dos maridos, os filhos perfeitinhos, o gramado mal cortado do vizinho...

Subimos as escadas em um ritmo. Ele anda pelo corredor, para em uma porta, e a abre. Era seu quarto, ele entra e deixa a porta aberta para que eu entre, eu paro na porta de boca aberta. O quarto era lindo, e não estou exagerando. Uma cama de casal coberta com um edredom cinza, um closet branco, alguns quadros e pôsteres de notas musicas, instrumentos, e cantores internacionais, tudo tão perfeito e aliado...

— Oi!? Tá dormindo em pé?

— Oi! Não. Eu estava admirando o seu quarto. É muito...

— Maneiro? Eu sei, eu sei.

— Convencido... Eu iria dizer legalzinho, mas maneiro também serve! 

— Nem um pouco.

— Hm...

Um silencio ensurdecedor pairou naquele quarto!

— Mas, voltando ao assunto que nos trouxe aqui... – Quebrou o silencio.

— Você falou que iria dizer o por que eu não estava bem.

— Hm... Verdade. E você não esta bem por que sua mãe arrastou você para minha casa contra sua vontade. Não é mesmo?

— É sim. – Dou um sorriso de lado.

— Sabia! – Grita!

— Meu Deus, não sabia que você era tão convencido!

— Eu? Convencido? JAMAIS! – Rimos.

— Okay... – Fiz bico e dei as costas.

— Cara, você não sabe o quanto é chata... – Rimos.

— Não viu o quanto ainda! E do mesmo jeito que você não sabe o quanto você é convencido.

Ele estava com uma calça jeans azul clara caidinha mostrando um pouco da sua box preta, e uma blusa polo verde. Olhos azuis, cabelo em um topete meio bagunçado, em seu rosto, sua mandíbula é destaque, pelo que percebi, ele é musculoso.

GAROTO ERRADOOnde histórias criam vida. Descubra agora