Capítulo VII - Por Lorenzo

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Aviso à assistente da Playboy que vou aguardar até o fim do expediente. Uma hora ela vai ter que sair. Pego uma revista pra ler, e vem de novo esse Chefe Almofadinha e pede pra Secretária ir buscar algum documento em outro andar.

- Sr?? Qual seu nome mesmo?

- Lorenzo!

- Então como o senhor ouviu, a minha estagiária disse que não o conhece. E me falou que o senhor já a cercou em outras ocasiões. A princípio eu vou pedir apenas que o senhor se retire, mas em algum outro caso de perseguição, nós vamos acionar a polícia.

- FILHO DA PUTA!

- Perseguição? você está brincando comigo? É claro que ela me conhece!

Falo quase gritando.

- Já está subindo um segurança aqui que vai lhe acompanhar até a saída.

- O que??? Segurança?? Eu não preciso de segurança pra sair.

E desço com muita, mas muita raiva mesmo. D-E-S-G-R-A-Ç-A-DA! Ela me paga! Agora vai ver quem é o perseguidor.

No dia seguinte, aguardo a dissimulada em frente à escola da menina. Reconheço a garotinha, mas ela está com outra moça. Resolvo seguir a moça e me vejo em frente a um prédio próximo à escola. Decido esperar, ela deve estar na casa dessa amiga, já que fiz campana no endereço dela ontem a noite. Estou parecendo realmente um perseguidor agora e um verdadeiro idiota.

Fico com um motorista da empresa por umas duas horas e então Bingo!!! Avisto a desgraçada de longe. Peço para o motorista aguardar e vou à busca da minha presa. Nunca fiquei tanto tempo atrás de uma mulher, nem para o sexo.

Ela está de costas saindo do prédio, com um vestidinho curto e cabelos soltos. A danada tá linda!

- Valentina!

Ela pára sem olhar pra trás.

Eu a alcanço, então ela se vira.

- Caramba Lorenzo! Qual o seu problema? Vai mesmo me perseguir?

- Lorenzo???? Agora sabe o meu nome! Reconheceu-me?

- Não me venha com ironias. O que você quer?

- Deixei reservado um almoço aqui perto. Tem um carro esperando a gente.

- O que leva você a crer que vou a algum lugar com você?

- Bem, você pode escolher: Posso ir mais tarde à sua casa quando a sua filha voltar da escola. Podemos conversar nós três.

Não sou de jogar sujo. Mas dessa vez, não tenho outra saída. Ela já deve saber da minha desconfiança, então me olha furiosa.

- Ok. Você venceu. Preciso subir pra pegar meu celular e avisar a minha amiga que vou demorar.

- Nada disso. Não vou perder você de vista. Você liga pra sua amiga do carro do meu celular.

Ouvi-a me chamando de "cretino" baixinho. No fundo, estou me divertindo com isso tudo. Não esperava uma reação assim dela. Na verdade estou muito surpreso!

- Entra no carro.

- Será que você pode ao menos ser educado?

Eu sorrio pra ela e digo sussurrando:

- Você poderia entrar no carro, Senhorita?

- Melhorou!

Reservei uma mesa em uma sala particular para que possamos ter privacidade. Peço comida pra dois apesar da resistência. Isso não vai ser fácil.

Recomeço forçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora