segundo

5K 915 107
                                    

O balanço emitia um rangido. Era um grito gutural, pedindo para que parassemos. Nós fomos mais alto.

Tínhamos quinze, ou quatorze anos. Ainda éramos jovens. Jovens de mais para ter certeza de alguma coisa.

Falávamos sobre músicas próprias, tocadas num velho violão cor de areia, em frente à fogueiras feitas com os gravetos que encontrávamos nos parques por onde passávamos sobre nossas velhas bicicletas azuis.

Lembro-me bem de quando ele descia a rua com as mãos voltadas ao céu, gritando bem alto “O mundo é nosso!” e, naquele instante, naquela pequena fração de tempo entre sua voz e o silvar dos ventos, eu sabia: o mundo era completamente nosso.

Aquele Balanço VazioOnde histórias criam vida. Descubra agora