Parte Dois(Capitulo treze)

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Minha vida ficou bastante complicada depois do que aconteceu, fiquei internada por três meses, tive que ter muitas aulas extras para alcançar a minha turma, e todo mundo sabe quem eu sou. Fazem dez meses que eu fiquei livre daquela casa, mas parece que foi ontem. Os meninos não foram presos, Luck me contou que o pai do Zack deu um jeito em toda a situação. Eu ainda tenho contato com o Luck, estamos na mesma faculdade, e ele é um ótimo amigo. Melissa também estuda na mesma faculdade que a gente, ela estuda economia, Luck e eu estudamos artes. Eu posso os finais de semana em casa, para poder lavar minhas roupas e não deixar a casa largada.
Estacionei meu carro bem perto do dormitório, peguei minha bolsa com roupas limpas e fui andando para o meu quarto. Subi as escadas até o segundo andar, que é onde meu pequeno quarto se encontra. Cheguei na porta e tive uma bela surpresa, ela estava destrancada, eu me lembrava muito bem de ter-lá trancado. Abri-a lentamente e tive a pior surpresa de todas. Zack estava sentado na minha cama. Puxei a porta e larguei minha bolsa no chão, instantaneamente comecei a correr para sair dali. Não vou permitir que eu viva aquilo tudo de novo. Corri o mais rápido possível, quase caindo em alguns momentos. Quando consegui sair, alguém segurou os meus ombros, não era o Zack, a pessoa veio da direção oposta, era o Luck.
-O que aconteceu?- Olhei ara trás vendo o Zack aparecer.
Comecei a empurrar as mãos dele, mas ele só me soltou quando viu o Zack. Voltei a correr, indo na direção do prédio onde a Melissa estava tendo aula. Não me importei nem um pouco em Bayer na porta antes de entrar e corri até a Melissa, ignorando os olhares de reprovação e curiosidade.
-O que...
-Ele está aqui.- Não precisei falar quem era, ela se levantou na hora. Fiquei a puxando para irmos mais rápido enquanto ela ficava se desculpando com o professor. Saímos da sala e ele já estava virando no corredor.- Corre.- A empurrei e perdi um pouco do meu equilíbrio.
Voltei a correr mas fui impedida por braços fortes que envolveram a minha cintura, tentei me soltar mas foi impossível. Melissa já estava voltando quando eu olhei e disse um "não" mudo que a fez parar. Respirei fundo e parei de me debater, o corredor ficou em completo silêncio, e eu aceno presa em um armário de limpeza junto com ele, que me soltou e trancou a porta, em seguida segurou meus braços com força o suficiente para paralisar-los sem machucar.
- Se você não me soltar e abrir essa porta eu vou começar a gritar.- O ameacei.- Você tem cinco segundos.
Ele soltou uma risada.
-Um.- Comecei a contar.-Dois. Três.- Ele não fez nada e o desespero começou a tomar conta de mim.- Quatro.
-Seu pai está vivo.
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