Capítulo 2

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Enquanto Estela descobria sentimentos, do outro lado do estado o inspetor Claker sofria de dor de cabeça por conta do caso difícil que estava sobre sua supervisão.

O Serial Killer "E" já tinha feita mais de noventa vítimas confirmadas, a população estava amedrontada, seus superiores extremamente irritados, e o inspetor provavelmente perderia o emprego se "E" atacasse novamente.

-Eu disse que era uma má ideia fazê-lo aparecer na TV! - Disse seu colega, o policial Derek, ele e o inspetor conversavam no terraço da delegacia enquanto fumavam.

-Eu sei! Já dei uma coça no imbecil que teve essa ideia! - Falou o inspetor irritado, suas mãos estavam ocupadas com seus cigarros e sua mente desejava uma noite de sono.

Depois de uma pequena conversa o inspetor voltou para sua sala, o dia mau tinha começado e ele tinha que investigar mais um caso de assassinato, sua vida social - quase inexistente - era preenchida por sua filha, que raramente via, então ele não se preocupava muito com coisas que não envolviam trabalho.

A delegacia não parava por um segundo, mesmo que "E" fosse a prioridade naquele momento os crimes não paravam. Roubos, assaltos e assassinatos, que policial descansaria em um sábado?

-Sua filha está aqui inspetor! - Disse a detetive Morgan.

O inspetor voltou sua atenção a sua colega - e ex amante - antes de sair da sala. Era raro sua filha o visitar no trabalho, na verdade era raro sua ex-esposa deixar eles se verem, então o inspetor ficou preocupado.

Andando em passos largos chegou até a recepção em pouco tempo, assim que ele chegou sua filha Aya se virou e o abraçou com força.

Aya era diferente de Estela no quesito sentimentos, mas ela era tão suja quanto a menina se formos entrar em detalhes de sua vida íntima.

-Senti sua falta papai! - Aya falou sorridente antes de soltar seu pai.

-Também senti Aya. - O inspetor falou enquanto acariciava a cabeça de sua filha.

Aya iníciou uma conversa com seu pai, o inspetor era um pai zeloso e um pouco ciumento, então a conversa sobre namorados era algo inevitável em seus encontros, mas Aya sempre forçava um sorriso e dizia que não estava interessada em ninguém.

Eles continuaram a conversa em um parque que ficava perto da delegacia, não passava das dez da manhã então o parque estava bem silencioso para um final de semana. Isso ajudou a conversa a tomar o rumo que Aya queria.

-Papai eu tenho que falar uma coisa... - A menina falou apreensiva, estava nervosa por ter que revelar um segredo que não queria contar a ninguém, mas sentiu que iria explodir se não falasse ao seu pai. - Eu...

A conversa foi interrompida por uma figura feminina que passava por lá. Aya paralisou de medo e mudou o rumo da conversa rapidamente ao notar que a figura olhava para ela com um olhar que dizia:"Se falar eu transformo sua vida um inferno".

-Eu... Eu vou para uma nova escola! - Falou em desespero. Era verdade, ela começaria na próxima semana na melhor escola do país, mas queria deixar essa notícia por conta de sua mãe. Ela já estava farta do bullying que sofria na outra escola, e seu currículo melhoraria mil vezes ao entrar nessa escola, então sua mãe estava de acordo.

EstelaOnde histórias criam vida. Descubra agora