Não, Augusto

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Hoje é culto, de santa ceia, tu vais?

Não, estou mais, participando dos  cultos, quanto mais, de santa ceia, Augusto.

Por que, te batisastes, então? A quem, tu querias enganar?

Augusto cara, tu devia ser, menos ácido. Eu, queria mudar. Mas, não consegui. Até me masturbar,  me impede, de participar da santa ceia.

Tu achou, que enganaria, tua mãe. Mas, ninguém consegue enganar, com a munheca, mole assim. tá vizivel e audível. É até chato, ouvir  Tua voz. Não sei, como as meninas, que tu namora, aguentam.

Que já namorei, Augusto. Que já namorei. Chato pra mim, é viver preocupado, com a vida alheia.

Tu, não quer, participar da santa seia, por que, o Marcelo, chega aqui, e já vai logo, pro teu quarto. Todo mundo, se masturba, e participam, da santa ceia. Só tu, ficas com conversa mole, achando, que todo mundo acredita.

O que, tu tem avê, com isso?

Vocês estão, cada dia, mais pobres. Até, a geladeira e o sofá, já foram embora. Quando, vocês viajam?

Estamos, vendendo tudo, Augusto. São 9 pessoas, pra mãe, pagar a passágem, do barco. Já tenho, três irmãos, em Manaus. O Zé Carlos, e o Silva, vão ficar, pra receber, as dívidas de algumas pessoas, e , pagarem, suas passágens, por último. Vão ficar, na casa, do pai véi, e do tio Jucelino. Fico, com pena, de meu avô. O pai véi, ficou sozinho, depois,  que minha avó, morreu. Ele já tem, mais de 80 anos. Nós, somos. os netos, mais próximos e apegados. Porém  estamos indo, embora. Talvez, nunca mais o veremos.  Ouvi, ele falar,  ao seu Benedito,  que está morrendo, antes do tempo. Pois estamos, saindo para sempre, de sua vida. Ele está, em seus dias finais, e estamos indo embora, para muito longe. Ele falou, que, não tem mais,  esperanças, de voltar a ver seus 14 netos, novamente. Depois que formos embora. Fiquei, com, muita dó, de ouvir isso, de meu avô. Minha mãe é a filha mais velha de meu avô. Sempre foi, a mais prestativa, e próxima. Ele vai ter vergonha de precisar, do favor, de suas noras. Ele vai ficar praticamente, sozinho nessa cidade.  Estou com muita dó. Vamos a Manaus. Somos muita gente, e nem casa temos lá. Ele quer casar. Mas só quer se for mulher nova.

É muito, diferente do neto, né, Branco?

Até, quando estou, falando sério, tu quer me importunar. É por isso, que ninguém, te suporta. Agora, tu sabes, porque gosto tanto, do Marcelo. Ele, sabe me ouvir, e me entender, Augusto.

E te levar, pra cama também.

Isso, nunca aconteceu.

Tu. não vive nem, uma coisa, e nem outra. Tu tem, mais medo, da igreja, ou de ser gay?

Já encheu, Augusto. Muda de tecla, que, não quero, te mandar ir embora, de casa agora.

A Adriana, veio aqui hoje? Ela falou, que ainda, é virgem. E se, algum dia, ela não quizer, perder a virgindade,  só dá, se for, ao homem, que  ama. Isto é, pra ti. Eu, que sou, tarado pelos, peitões dela, ela nem  olha. 15 anos, com peitão de mulher.

Ah! Ontem ela fez 15 anos. Se tu fosse mais educado, ela talvez, te daria, uma chance, Augusto.

Educado, eu? Nasci macho, Branco. Se, eu pegar ela,  mergulho, naqueles peitões, sem pedir licença. Como pode, uma menina, de 15 anos, ser tão gostosa? Ela, não tem, peitos de virgem, Branco. Eu conheço mulher, cara.

Como, se já, não bastasse, falar besteiras, pra mim, toda hora,  agora, tu vem falar, da virgindade da Adriana. Tu não tem, um papo interessante, Augusto. Eu tô, pouco me lixando, pra isso, rapaz.

Claro, em se tratando, de buceta, como pode, tu te importar?

Augusto, a porta da rua, é serventia da casa.

Tu corre atrás, do Marcelo, pra ele, bater punheta, em tua frente, por que então, eu não posso?

Tu só, te esqueceu, que estamos na sala, Augusto. Eu já vi, tu batendo, milhões de vezes, em cima, do pé de manga, e, em todos os lugares, onde batemos, juntos.  Por que isso, agora? Eu não vou cair, de boca, no teu pau, só porque tu, tá alisando, em minha frente. Eu nunca, corri atrás, de ninguém, nem mesmo, do Marcelo.

A porta, da frente fechada, esconde tudo. Deixa  só a janela aberta. Pra ninguém desconfiar.  Olha o relevo, na bermuda, não é disso, que tu gosta? Tu que ver, com o fechiclé aberto?

Augusto, cara, eu não, estou mais, batendo na frente, de ninguém, e nem na companhia, de ninguém. Essa porta vai, ficar aberta. Eu estou, em minha casa. Olhar safado, me enlouquece, e pau duro, também.  O próprio pastor, sabe disso. Mas gostar, de um cara, esnobe que nem tu, é impossível.

Branco, o meu tezão, eu direciono todinho, para a parte de baixo. Eu não aceito paixão, amor, e nem ser capacho. Todos, os que se entregam, a esse tipo, de amor, que tu, tanto quer, fala, e persegue. Acaba se dando mal. Isso, é se entregar, ao sofrimento. Tu tem, que aprender, a gosar, sem culpas. Tu tem, que aprender, a separar, sexo de amor. Tu tem, que aprender, a ser mau.

Cara, que conselho, eu, em?

O mal, está em, todo canto cara. Tu, se deu bem, algum dia, infurnado, dentro da igreja? Todo mundo, exige de ti, mas na realidade, quem for praticar, se lasca. Pois tu, vai querer, praticar sozinho, o que ninguém pratica. Amor, bondade, santidade, só existem, quando a boca espele. Mas ninguem pratica,  cara. Nem na igreja, e nem em canto algum. É por isso, que pratico, tudo que é mal, sem culpas. Tu consegues, viver sem pecar? Não consegue. Nem, o pastor consegue, cara.

Tu, já tentou, ser bom,  amável, ou melhor, Augusto?

Graças a Deus, que não. Só em ver, tu correndo atrás disso, e quebrar a cara, já me desanima, a tentar.

Eu posso, até  nunca poder, deixar de ser gay. Mas, meu mundo interior, não aceita ser mal, Augusto. Não aceita. Quando pratico, um ato de maldade, não consigo suportar. Eu queria, ser igual, a você, mas, não posso. Meu coração, repulsa, tudo que, acho mal. Está no automático. Eu, não consigo colocar, tudo, que quero, dentro do meu coração. E muito menos, posso tirar, tudo que tem dentro. Quando,  quero colocar, algo que ofende, os outros, meu coração, se desespera. Espulsa, tudo pra fora, na maior facilidade.  A minha maior dificuldade é falar não, para alguém, que necessita de mim. Quando ofendo a alguém, sinto praticamente, a mesma dor. Até mesmo,  tu vindo com todas as ofensas que já se dirigiu a mim, não gosto, de ofender. Isso, faz parte, de algo, que, não quero, e nem vejo, necessidade, de mudança. Meu sofrimento, é ser gay. Só isso. Meu sofrimento, é algo de ruim, que, meu coração, não pode, espulsar, para fora, como, ser gay. Se, não houvesse, restrições a homossexuais, na biblia, eu era o gay, mais feliz, do mundo. A vida, dos outros, não, me interessa, Augusto. Todo mundo, pode ser o que quizer. O que, dói em mim, é apenas, as rejeições e as ofensas. Eu, só posso, me arrepender, de meus pecados, e não, do pecado dos outros. Enquanto eu estiver sentado, no banco da igreja, tomando, santa ceia, vou ser, um eterno arrependido.

Mesmo, com tudo, que o pastor, já te falou, tu continuas, duvidando?

Pois é, o pastor já me falou, algumas coisas já aconteceram comigo, que me faria parar de achar que ser gay, não é pecado. Mas isso não está na biblia, Augusto. Já lí, a bíblia toda, e não, encontro nada, que me defenda.

Como diria, meu irmão Marcelo. Eu acharia, melhor, viver mimha vida, Branco. Mas tu, quer viver, a biblia. Entendi, um pouco,do que, tu pensa. Nem viver, tua vida e nem viver, a vida dos outros, viver a vida da biblia.

Pois é, Augusto. O nome desse filme, seria missão impossivel.

Quer dizer, que mesmo, com meu, pau duro, gostoso e bonito, como tu achas e gosta, não tenho chance de um delicioso boquete?

Sinto muito, mas não tem, Augusto.

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