O Amigo Secreto

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No outro dia, fui à casa do coveiro, pastor. Ele, me falou tudo, que se passou, durante, aquele momento. O que aconteceu, no cemitério. Os comentários de sua filha e dos vizinhos....

Boa tarde, seu Antônio?

Boa tarde, meu filho. Sente- se. Vamos conversar um pouco.
Faz tempo, que eu, não lhe via.

O senhor está, me olhando esquisito, seu Antônio. Isso tudo é saudade de mim?

Esquisito como? Meus olhos, são os mesmo. Você, é muito misterioso. Eu estava tão ansioso, pra te perguntar, algumas coisas. Mas, meu filho, é tão discreto, que fico, sem jeito.

Discreto, eu, seu Antônio. Só na frente de meus pais. E na frente, dos pais, dos amigos, da igreja, também. Eu sempre falei, aqui em, sua casa, na companhia da Milena, e do Klinger, coisas, que eu nunca, tive coragem, de falar, em minha casa. Eu achei, que o senhor ouvia?

Bem, que minha filha, sempre, falava pra nós:  Eu acho, que o Gelson, tem uma, identidade secreta. Ele fala, coisas tão esquesitas, quando conversamos. Mas, o seu amigo secreto, em? Quase morro. Eu já tinha prometido, pra mim mesmo. Nunca mais, trabalhar como coveiro.

O senhor, irá desistir, por quê, o fantasma, que o senhor viu, era tão feio assim?

Por que,  você apanhou, Branco?

Porque, seu Xavier, é irresponsável, papai.  Só por isso...

Milena, eu perguntei pra ele. Olha a educação, minha filha.

Eu esqueci, de dá cuim, aos porcos. Minha irmã, foi obrigada, por meu pai, a ir no chiqueiro, colocar o cuim. Então ela veio, começamos, a discutir. Acabei dando, uma porrada nela. Então, foi aí, que tudo começou.

E, o homem do carro, ha quanto tempo, vocês se conhecem?

Foi a primeira vez, que o vi. Lindo, lindo, lindo, seu Antônio. O homem, mais lindo, que já vi.

Branco, a Milena estava esculhambando, o seu pai, na rua, por causa, do que estava, acontecendo. Ela, e maioria, dos vizinhos.

Pois é, seu Antônio. Como eu pude, ter brigado, com meus irmãos, assim? Logo, na frente de meu pai, que já, não gosta de mim...

No momento, em que o carro, parou e viram, o homem, te chamar, todos começaram a gritar. Não entre, nesse carro, Branco, por favor, não entre.... sua mãe também, estava te chamando, chorando, desesperada. Pois, parece que ele, te atraía. Ninguém, teve coragem, de olhar para ele. Tu achou ele, lindo , mesmo?
Ou tu, só está brincando? Agora tu entende, por que, te falei, de tua discrição. Aquele homem, falou contigo, como se vocês, fossem conhecidos, há muito tempo. E você, nunca falou, que tinha, esse tipo, de amigo.

😀😀 Seu Antônio. Um carrão daquele, e uma roupa caríssima, daquela. Ele deve ser, muito rico, pra andar, daquela forma. E a pele limpinha, olhos da cor do céu. Como, que vou, ter algum dia, um amigo assim? Que marca mesmo, era aquele carro, seu Antônio?

Pois é, meu filho. Ainda hoje, me faço, essa pergunta. Não tem marca, daquele carro, aqui na terra. Até uma Ferrari, ajoelharia, humilhada, aos pés de tanta beleza, e designer.

Quem dera, eu conhecesse, ele pessoalmente. Acho, que ele, estava presenciando, de longe, o acontecimento, e ficou com pena de mim. Só pode.

Ainda ontem, o seu Antônio, me fez, umas perguntas, a respeito, dos acontecimentos, daquele dia, pastor. Ele me falou, de um momento, em que, eu quase, ia fazendo, um boquete. Há dias, ele viu, um amigo, me mostrando e pedindo, pra mim, chupar o pau dele, em frente uma sepultura. Foi o Klinger, que estava me atentando.

Gelson. Um dia, vi de longe, você e o Klinger, enfrente, a uma sepultura. O que, estava acontecendo?

Vou lhe falar, a verdade, seu Antônio. O Klinger, pediu pra mim, fazer pelo menos, um boquete. Já, que eu, não queria sexo. O senhor, deve ter, visto ele, me mostrar o pau. Mas, eu não aceitei.

Me fale. Mas. Alguma coisa, estava acontecendo?

Eu não aceitei, seu Antônio. Embora eu  seja louco por isso. Eu não aceitei chupar, não.  Também, eu nunca, fiz isso.

Eu quero falar, é da sepultura, Branco. Que mistério tem, aquele sepulcro, que você mostrava pro Klinger? Ele falou, que, nunca tinha visto, ningem admirar, e falar, de uma sepultura, tanto quanto você. Você, parece apaixonado, quando olha, pra fotografia, que tem, na parede. Foi, nessa sepultura, que, o seu lindo amigo, secreto entrou, com, seu carro luxuoso. Até agora, a Milena chora. E fala. Ele não tem, identidade secreta. Ele tem, um amigo secreteo.

Como pode, um carro, entrar, em um sepulcro, seu Antônio?

Parece coisa de cinema, Branco. Igual quando o He- man, entra em, um túnel do tempo. Igual, igual...

Mas, o que, um homem, lindo e misterioso, faz em, um cemitério, seu Antônio? O senhor, tem certeza, que era, o mesmo homem, que parou, pra me pegar?

Eu, me faço, essa pergunta, até agora. Tu tem certeza, que não sabe, de nada? Tu, só não quis, nada, com o Klinger, porque, tu estavas, na frente da sepultura, né, Branco?

Vou, lhe falar, a verdade. Eu gosto, do Marcelo. Mas ainda, não tive corágem. Quando, vou ao cemitério, vou direto, procurar, aquele sepulcro. O homem, é muito lindo. Quando, vou lá parece, que estamos, nos olhando, olho no olho. Mas parece, que o homem, do carrão, é mais lindo, do que ele.

Eu sabia, que nesse Mato, tem Coelho, Branco... 😃😃😃😃

Como o senhor, se sentiu, ao ver, o carro entrando, na sepultura?

Quando percebi, ele, entrou, no cemitério, derrepente, em alta velocidade. E, o que, me assusta, em ti, é que, aquilo não tem, nada de beleza.  O rosto do homem que tu até agora fala que é lindo, lindo, lindo, não tem nada de beleza.  Era um rosto, terrível,  e,  assustador, de tanta luz. As pessoas, não conseguiram mirar, no rosto dele. Ninguem sabe, como tu, conseguiu falar com ele, olhando a cara, sem fechar os olhos. A d. Fran, saiu correndo, pra cozinha, achando que Deus, tinha vindo, destruir o mundo. Os olhos dele, eram duas, chamas de fogo aceso.  Não posso falar, que um olho, aceso como chamas, de fogo, mas parecem duas tochas, é azul.

O senhor,  viu outro, não foi esse, que parou, em minha casa, pra me pegar, seu Antônio.

Claro, que foi. Quando vi ele no cemitério, fiquei sem chão, desesperado. Meus dedos, pareciam desprender- se, de meus pés, e minhas mãos. Parece, que todos, caíam, um, a um, no chão. Desmaiei. Então me trouxeram e cuidadram de mim. Depois, que conclui, que tudo, faz parte, de sua vida, todos os dias, vou rezar, ao pé daquela sepultura. É por isso, que desisti, da demissão, como coveiro, Branco.

Eu, não fui, ensinado à rezar. Mas tenho certeza, que seu bom coração, produz muitos, frutos bons, seu Antônio. Obrigado!

Gelson, você nunca, tinha me falado, dessa sepultura, e nem desse anjo. Eu tinha muita vontade, de lhe perguntar, sobre tudo isso. No dia desse acontecimento, no teu bairro, eu soube. Muita gente estava comentando. Mas tenho medo, de te fazer, certas perguntas. Por que você não falou isso no culto. No dia em que você falou das pessoas que lhe fizeram o mal?

Tenho que ir pastor. Já lhe falei demais. Não era pra mim, tocar nesse assunto com o senhor.😰

Gelson, meu filho. Eu só quero, te ajudar.

Curiosidade, não me ajuda, pastor.

Não é curiosidade, meu filho. O senhor me pediu, para lhe proteger. Só isso...  

Tchau pastor. Paz ... !!!

Os Anjos Tambem Sofrem 2Onde histórias criam vida. Descubra agora