Quem vive a perfeição?

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Branco, olha os peitões dela. Como são lindos. Uns verdadeiros melões.

Menino, vou falar, pra sua mãe, tua saliência. Não aguento mais, você me tratar, com essa, falta de respeito.

Ah! Teus peitos são grandes, garota. Me dá vontade de chupar, amassar, e muito mais. Não é isso mesmo, Branco?

Augusto cara. Eu não suporto, falta de respeito. Você, ser meu amigo, não significa, que aceito, tratar Adriana, dessa forma.

Todas, as  meninas, são safadas, Branco. Ainda mais, essa neguinha. Tu ainda não comeu, por ser mole. Nega, e pobre assim,  isso nunca, foi virgem.

Chega, cara. Todos nós somos pobres. A adriana, apenas, foi criada, por seus avós, que possuem, apenas, uma aposentadoria. A avó dela, não é aposentada, pois a lei, só permite, seu avô. Não adimito, o racismo, e muito menos, esse desreipito, a Adriana. Eu odeio, humilhar as pessoas, assim. Sempre fomos vizinhos. E ninguém, nesse bairro, é rico.

Sabes de uma coisa, Branco. Se tu, comer ela, tu provas, que é macho. Vou embora, pois, odeio falar, com gente besta.

Vá.. quem tá, te pedindo, pra não ir?

Que, menino imbecil, Branco. Isso, nunca pisou, em casa, de rico, e acha, que tem, um rei, na barriga.

Esquece isso, Adriana. Vamos, mudar de papo.Tudo, que tinhamos, dentro de casa, está indo embora, Adriana. Minha mãe, está vendendo tudo. Nossa casa está vazia. Só estamos pagando dívidas. Em Manaus, vamos começar, do zero. Estávamos, tão bem, pra meu pai, morrer.

Ai meu Deus. Vou sentir, tanta falta. Bem, que tu falou, que me ama, como uma irmãzinha. Eu te amo, de todas, as formas. 

Oi, Marcelo. Entra.

Eu já estava de saida. Chegou mais um, que eu não esperava.

Puxa, Adriana. Eles, são irmãos, mas nem todos, sâo iguais. O Marcelo, é brincalhão, mais sabe respeitar.

Mas, eu já estava indo. Vou deixar, vocês sozinhos.

Sei o que é isso, Adriana. Não nasci ontem.

É, né Marcelo? Tu tem certeza, que tu sabe?

Adriana, assim, fico sem graça. O Marcelo sabe. Mais, nunca vai rolar, Adriana.

Dependendo, de mim, rola tudo. Eu não luto, pra ser santo, né, Adriana?

Marcelo, eu não quero, falar sobre isso.

Tudo, bem. Já tô namorando, uma menina, que me ama. Branco, mais cedo, ou mais tarde, pode não ser, eu. Mas tu, vai pegar, um homem. Eu aceitaria ficar, por amizade.

Eu já falei. Não quero, falar sobre isso. Amizade, pra mim, é diferente. Amor é amor. Amizade é amizade.

Então, tu me ama?

Tu é doido, Marcelo? Todos os amigos, pra mim, são iguais. Eu sei o que é o amor fraterno. Muda de fita, por favor, Marcelo.

Tu, morre de medo, da opinião, dos outros, isso sim.

Marcelo, eu penso em Deus, mais do que, em tudo.

Disculpa, eu sei disso. Mas fala mais, o que, que tu pensas, quando, não está pensando em Deus?

Marcelo. Tem horas, que penso, que Deus, não me ama.

Branco. Se tudo, que o pastor, fala de ti, fosse de mim, eu estaria agora, junto com ele, naquele púlpito, mesmo, eu sendo gay. E gritando ainda. Deus me ama, e sou gay..

Não é assim, cara. Não é assim. Não é, tão simples.

Branco, o presbitero, chora por ti. Tu, nunca mais, foi na escola dominical, professor.

Eu, quero esquecer, essa história, de professor.

Pois vai, ao menos, entregar o cargo.

Eu não quero, mais ir naquela igreja. Me lembra, da burrada que fiz. Eu quero deixar, tudo no  passado.

Pense, ao menos, que teve um dirigente, um pastor, e vários amigos, que te deram a mão. Apesar, de tu falar, com eles por acidente. Sempre, por acidente. O pastor, e o presbitero, só conseguiram, falar contigo, por que correram atrás. Te esbarrando, e te seguindo, pra conseguirem conversar. Tu vai, ou não vai pelo menos, entregar o cargo, pro presbitero. Ele vai colocar, outro na tua vaga.  Mas, chorando. Tu que falar, de justiça. Mas tu, está sendo ingrato. E injusto, também.

Tu, tá certo, Marcelo. Eu vou. Como a gente, se engana, com as pessoas. E como tem, tanta gente, querendo, ser melhor, que os outros, Marcelo. Tu nunca quiz se meter, em pregar, a palavra de Deus. Tu nunca quiz ser, o que tu não é, só pra agradar, os outros. Tu, sempre quiz, ser livre. E ninguém, nunca me deu, boas orientações, que nem tu. Tenho certeza, que tu terá, um lindo futuro, pela frente, Marcelo.

Puxa, Branco. Nem, minha mãe, já falou assim comigo. E pra ti. O que, que tu espera?

Sei lá, Marcelo. Acho que nunca, vou ser feliz. Só tem felicidade, quem gosta de mulher, Marcelo. Quando tu aparece, com tua namorada, você ouve, os pais, batendo palmas. Tios, primos, irmâos na maior alegria, dizendo: casa, casa, casa. Depois teus pais, vão ficar, pedindo os netinhos, pra por, no calo. Eu nunca, vou ter isso.

Nisso, te dou razão. Mas, tu nunca, vai casar?

Como, Marcelo. Como? Eu vou ser, sempre, a vergonha da familia.

Deixa, de pensar, nos outros, cara. Busca e viva sua felicidade. Branco, eu jamais, serei feliz, em viver, a felicidade alheia. Tu, não pensa, só em Deus, como há pouco, tu falou.

Cara, mas se eu não consigo, nem agradar aos seres humanos. Como vou, agradar a Deus? Tudo, que é correto, é que agrada, a todo mundo.

E quem é, que vive a perfeição, Branco? Branco, quando tu fala de culpa, eu sei, do que tu, está falando. Tu chorou, quando soube, da morte do Bruno?

Não. Não chorei. Fiquei com dó. Mas não tínhamos, convivência.

Branco. Eu soube, o que é uma culpa, nesse dia. Eu já fiz, grande parte, de tudo, que, todo mundo, condena. Mas, eu nunca, tinha chorado, arrependido. Eu fiz parte, de todo mal, que a Milly fazia. Eu era, um de seus amantes.  Eu sabia do plano dela, pra enganar o pai. Eu sabia, que ela estava usando. o próprio amor, e a paixão do Bruno,  apenas  para  fazer o mal. Eu chorei e, me arrependi, por, ter feito, parte disso. Mas eu podia escolher, ou não escolher, ter participado. Eu já falei, e perguntei a alguns professores, e até ao pastor, sobre um amigo gay, que não se aceita. Todos eles falam: ele não tem culpa de sua voz. De seus gostos, e nem de seus movimentos. Ser humano, nenhum, tem culpa disso. O pecado descrito na biblia, é apenas, cultural, a respeito, de muitas coisas, que é condenável.

Marcelo, cara. Dá vergonha de minha voz, ridicula. Dá vergonha de caminhar na rua. Eu já tenho desseseis anos e minha voz, não ficou grossa. Desde o dia, em que falei, todas as leseiras que fiz, não suportei mais, ir à igreja. Eu morro, de vergonha, de falar, com o pastor.

Por acidente, ele te encontra. Para de ser besta, e fala a ele, tudo, que tu, me fala. Tu vai, se sentir feliz, Branco. Eu, já tô começando a achar, que tu não é feliz, porque não, quer.

É dificil falar, certas coisas com um pastor, cara.
Tu não sabe, nem, o que ele, me pergunta. O que converso, com ele, quando ele, me barra.

Misterioso. Misterioso. Branco, me fala, uma coisa. O que tu sabe, de uma aparição, que de vez, em quando o pastor fala na igreja, que, tem haver, contigo? Um tal, de um  anjo, que, o pastor viu?

Coisas do pastor, cara. Coisas do pastor..  eu não sei o que isso significa, Marcelo. Não sei mesmo.

Os Anjos Tambem Sofrem 2Onde histórias criam vida. Descubra agora