Capítulo 20

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Aqui não é nada agradável, o quarto está cheio de médicos, psicólogos, medicamentos. Ainda não acredito que matei tanta gente.

Pego em meu bolso um pequeno potinho com meus remédios diários. O médico sorri quando me vê colocando um comprimido na boca. Ele se aproximou pegou o potinho com os remédios.

- Há quanto tempo você ingere isso?

- Desde os cinco anos de idade.- Ele sorri.
Me deito na cama ao meu lado, pois me deu uma canseira por causa do remédio.
- Isso é um...

- Eu sei, mas vou continuar com eles- eu o interrompo, mesmo sem saber o que eu era aquilo. Ele balança a cabeça entendo. Fechei os olhos e apaguei.

Obro meus olhos e estou sentado em uma cadeira, e estou amarrado nela.

       Vejo algo entre o escuro, e está se aproximando. Fecho meus olhos, não tenho coragem de ver quem é.

       Ele se aproxima, se ajoelha e debruça contra minha coxa.

      - Me deixe sair- eu imploro.

     - Não- a voz berra. É um homem.

     Ele se levanta, da uma volta em torno da minha cadeira e some.

     Abro os olhos, estou no mesmo lugar, na cadeira maldita, só que o lugar está com as luzes acesas, e não mais apagadas.

      Vejo pessoas andando, conversando, me torturando com seus passos largos e palavras bonitas. Não posso mais falar, estou sem voz e sem poder me mexer, imune.

     O silêncio que eu faço é irritante, me dá dor de cabeça, ânsia e tontura. Minha vida complicada, sem eu me lembrar aonde tudo isso começou.

      Penso de mais por isso tenho tanta dor de cabeça. Vem um milhão de pensamentos passados e mais um milhão de pensamentos futuros. Minha cabeça não aguenta tato pensamento.

     A pessoa volta, só que agora da para ver seu rosto, Lucas.

     Não consigo falar, gritar, berrar, só olhar seus passos para uma mesa pequena ao meu lado. Ele desembrulha um pacotinho, o que será? Consegui ver, é um seringa, uma seringa!!! O que será que ele vai fazer com isso?

      Ele se vira e diz pacificamente- não vai doer- ele sorri maliciosamente e injeta a seringa em mim. Eu desmaio.

     Abro os olhos, aonde eu estou? Estou no meio da rua, me abaixo ao escutar o barulho do freio e a buzinas do carro que está correndo em minha direção.

Querido oiraiDOnde histórias criam vida. Descubra agora