Sinto uma dor no peito, minha cabeça não para de girar, até que eu desmaio.Acordo em um quarto que nunca vi antes, ele é pintado de verde escuro, com uma cama bagunçada no centro do quarto, há o lado direito da cama há uma cadeira de balanço, e do outro lado da cama tem um pequeno criado mudo. Uma pequena janela ao lado da cadeira e uma porta com uma janelinha na frente do criado mudo.
-Alguém aí?- eu começo a gritar
- Silêncio!- Uma voz forte e grossa abre a janelinha da porta depois abre a porta.- O que foi senhor Feiver?
- Aonde estou?
- O senhor está em um hospício.
- Por que? Mas eu não fiz nada?
- Certo que se o senhor não tivesse feito nada o senhor não estaria aqui.- ele faz uma pausa e me ameaça- Seu louco!- Eu não sou louco! Eu não sou louco! Você tem que acreditar em mim, eu não sou louco!
Enquanto eu berro dizendo que eu não sou louco, ele fecha a porta com cuidado e escuto seus pés se distanciando da porta.
Eu tenho um caderno em minha cama, cuidadosamente eu o pego, a abro e vejo que é o meu diário. A caneta está ao lado para que eu possa escrever algo nele.
Antes de começar a escrever, eu começo a ler o que eu escrevi, há coisas que eu não me lembro de ter escrito, aqui tem o motivo de ter vindo aqui. Mas algumas falhas eu ou alguém deve ter arrancado do diário, então eu não tenho exatamente tudo sobre o motivo de parar aqui.
Escuto a recepcionista do hospício falando com alguém sobre me visitar.
- Olá senhorita Bianca. Não Ele não melhorou do ataque... Não lembra de muita coisa sobre... Mas você tem permissão para vê-lo, aqui está o cartão de visita, boa sorte.
Ela não responde nada, escuto seus passos vindo em direção a meu quarto, ela com muito medo segura a maçaneta e cuidadosamente a gira e a abre.
- Vou estar do lado se fora, se precisar é só avisar.- o guarda diz a Bianca mas me encarando. Ele fecha a porta de vagar me observando.
-Oi, a quanto tempo, eu estava com saudades, Lucas não quis vir.
- A quanto tempo estou aqui?
- Um ano ano.
- Por que eu estou aqui? O que aconteceu para eu parar aqui?- eu pergunto abaixando a cabeça.
- Você, quase...- ela faz uma pausa, respira, e continua com dificuldade- você não acordava, fomos ao médico, ele disse que você desmaiou, voltamos para casa e você pegou uma faca, você disse que precisava matar alguém, eu tentei retirar a faca de sua mão e você me cortou,- ela tirou uma faixa que eu não tinha visto em seu braço e vi cicatrizes horríveis- eu cai no chão, você foi para rua matou to... Matou várias pessoas até que você desmaiou de novo.
- Pare! Eu... Eu não fiz isso, eu acordei agora, eu...
Bianca me interrompeu- eu te levei para a delegacia depois você foi culpado por coisas que não sei bem o que é, depois foi para cá, para se tratar por matar tanta gente.
- Eu estou sem palavras, por que eu matei tanta gente?
- Você não sabe?
- Não
- Você escreveu cartas e falava de alguém, que...
- Quem?- eu a interrompi.
- Lucas.
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Querido oiraiD
ParanormalSou Feiver, tenho 19 anos, moro com meus amigos Lucas, Piter e Leonds. Minha vida é uma história sem pé nem cabeça. Sigo com sinceridade o exemplo da minha mãe : ser normal é ser o mais estranho possível.