Capítulo 19

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Sinto uma dor no peito, minha cabeça não para de girar, até que eu desmaio.

Acordo em um quarto que nunca vi antes, ele é pintado de verde escuro, com uma cama bagunçada no centro do quarto, há o lado direito da cama há uma cadeira de balanço, e do outro lado da cama tem um pequeno criado mudo. Uma pequena janela ao lado da cadeira e uma porta com uma janelinha na frente do criado mudo.

-Alguém aí?- eu começo a gritar

- Silêncio!- Uma voz forte e grossa abre a janelinha da porta depois abre a porta.- O que foi senhor Feiver?

- Aonde estou?

- O senhor está em um hospício.

- Por que? Mas eu não fiz nada?

- Certo que se o senhor não tivesse feito nada o senhor não estaria aqui.- ele faz uma pausa e me ameaça- Seu louco!

- Eu não sou louco! Eu não sou louco! Você tem que acreditar em mim, eu não sou louco!

Enquanto eu berro dizendo que eu não sou louco, ele fecha a porta com cuidado e escuto seus pés se distanciando da porta.

Eu tenho um caderno em minha cama, cuidadosamente eu o pego, a abro e vejo que é o meu diário. A caneta está ao lado para que eu possa escrever algo nele.

Antes de começar a escrever, eu começo a ler o que eu escrevi, há coisas que eu não me lembro de ter escrito, aqui tem o motivo de ter vindo aqui. Mas algumas falhas eu ou alguém deve ter arrancado do diário, então eu não tenho exatamente tudo sobre o motivo de parar aqui.

Escuto a recepcionista do hospício falando com alguém sobre me visitar.

- Olá senhorita Bianca. Não Ele não melhorou do ataque... Não lembra de muita coisa sobre... Mas você tem permissão para vê-lo, aqui está o cartão de visita, boa sorte.

Ela não responde nada, escuto seus passos vindo em direção a meu quarto, ela com muito medo segura a maçaneta e cuidadosamente a gira e a abre.

- Vou estar do lado se fora, se precisar é só avisar.- o guarda diz a Bianca mas me encarando. Ele fecha a porta de vagar me observando.

-Oi, a quanto tempo, eu estava com saudades, Lucas não quis vir.

- A quanto tempo estou aqui?

- Um ano ano.

- Por que eu estou aqui? O que aconteceu para eu parar aqui?- eu pergunto abaixando a cabeça.

- Você, quase...- ela faz uma pausa, respira, e continua com dificuldade- você não acordava, fomos ao médico, ele disse que você desmaiou, voltamos para casa e você pegou uma faca, você disse que precisava matar alguém, eu tentei retirar a faca de sua mão e você me cortou,- ela tirou uma faixa que eu não tinha visto em seu braço e vi cicatrizes horríveis- eu cai no chão, você foi para rua matou to... Matou várias pessoas até que você desmaiou de novo.

- Pare! Eu... Eu não fiz isso, eu acordei agora, eu...

Bianca me interrompeu- eu te levei para a delegacia depois você foi culpado por coisas que não sei bem o que é, depois foi para cá, para se tratar por matar tanta gente.

- Eu estou sem palavras, por que eu matei tanta gente?

- Você não sabe?

- Não

- Você escreveu cartas e falava de alguém, que...

- Quem?- eu a interrompi.

- Lucas.

Querido oiraiDOnde histórias criam vida. Descubra agora