Parasita.

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Guardava inspirações em uma gaveta.
Que de tão velha, rangia sua dor de suportar tantas tristezas, corpos e certos modos de viver...

Colecionava biscoitões musicais.

Conservados a la obras de Picasso.

E as tornava um diário
de sentimentos em que só a harmonia dos instrumentos dedilhava os sentimentos alheios.
E sempre com esse desejo insaciável de somar nesse meio.

Sequestrava Mozart às 12:00 da tarde.

Ressuscitava o sofrimento que só os cigarros da Amy a compreendiam.

Esquartejou as indagações de Cássia.

Comparava sua nostalgia com os traços/palhetados de melodias rebeldes e adverso ao sistema Nirvana.

Afinava milhões de vozes
Perdia sua compreensão de tudo
Colecionava as mentes criticadoras do mundo.

Pois sentia que suas causas inatas
Não vieram no pacote de ser um bom humano.
Tendo só o dom de ser
Um colecionador de pessoalidades musicais de bolso.

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