In The Name of Love

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Os marujos começaram a entrar na caverna, ela era úmida e fria, iluminada por uma luz pálida que eles não sabiam de onde vinha, tinha também grandes poças de água no chão, era um lugar digno de ser chamado de assustador.
Entretanto, quanto mais adentrava o recinto, mais Angélica sentia seu ferimento doer menos, como se ele estivesse se curando, com esse sentimento em mente, ela desfez o curativo que tinha no braço e viu a ferida se fechando rapidamente, nem ficou surpresa, sabia que aquele lugar tinha algo especial.
Os piratas avançavam mais e mais, em busca de algo diferente que significaria o fim dessa jornada, porem eles ficaram um bom tempo apenas andando, sem encontrar nada, até que chegaram a uma passagem no lado direito da caverna, que levava até uma grande "sala" com um lago, onde havia pouca terra a vista, apenas no centro do lago havia uma pequena ilha com um pequeno baú em cima de um pedestal.
Do lado da "porta" da sala, tinha uma pequena placa enferrujada, que só Felicity notou.
- Como vamos atravessar o lago? – Perguntou Barbossa. – Tenho certeza que não podemos simplesmente atravessa-lo a nado, não seria tão simples. 
- Talvez haja um barco por aqui... – disse Jack.
- Um barco Jack? Francamente...
Felicity não prestava atenção na discussão dos piratas, sabia que o que quer que eles tivessem que fazer, estava escrito naquela placa, para a qual ela estava indo, ela precisava ver o que tinha nela.
- Ei! Olhem isso. – Felicity disse, assim que leu o que estava escrito na placa.
Todos se viraram para ela e então observaram a placa.

À TERRA FOI DADO UM PRESENTE DO MAR
E APENAS UM FILHO DO MAR PODE REINVINDICA-LO
- O que isso significa? – perguntou Heitor.
- Eu não sei, mas temos que descobrir, não podemos arriscar deixar qualquer um ir pegar o baú, temos que pensar no que fazer. – respondeu Felicity.
- Sabia que não era tão simples. – disse Barbossa.
- Então vamos ficar aqui esperando sem pegar nossas joias? – perguntou Jack a Felicity, mas ela não estava prestando atenção.
- Filho do mar, filho do mar... – Felicity dizia enquanto andava em círculos. – Filho do mar!
Felicity parou de repente e olhou para os piratas.
- Eu sei quem pode pegar o baú! – disse ela.
- Quem? – perguntou Heitor.
- É óbvio, filho do mar! Ou no nosso caso, filha do mar... – disse olhando para sua amiga Aurora.
- É claro, uma sereia, uma filha legitima do mar! – disse Heitor - Você poderia fazer esse favor para nós Aurora?
Aurora estava assustada, nunca pensou que teria tamanha importância nessa jornada, ela tinha medo, mas não iria decepciona-los, então, enquanto abraçava a si mesma, ela assentiu com a cabeça para Heitor.
- Ótimo, só precisa pegar o baú, não vamos deixar nada de mal acontecer a você.
Ela assentiu novamente e foi até o começo do lago, seus pés tocaram a água e ela sentiu o poder daquele lugar, mas sentiu também que ele não a machucaria, então ela deu um impulso e entrou na água, não tinha mais medo. Imediatamente sua cauda reapareceu, e ela foi nadando até a minúscula ilha, chegando na mesma, suas pernas voltaram e ela foi até o baú. Ele era pequeno e delicado, mas emanava poder, ela pegou o baú e o segurou firme, voltou ao lago e nadou de volta à os piratas, chegando lá, mesmo antes de siar do lago, ela entregou a pequena caixa para Felicity.
- Obrigada Aurora. – disse Felicity enquanto a outra saia do lago.
No exato momento que Aurora saiu do lago, a caverna tremeu, e os piratas sabiam que era hora de ir embora.
- Vamos rápido, aqui não é mais seguro. – disse Heitor.
Os piratas saíram apressados da caverna, e viram que não era só ela que estava se desfazendo, a ilha toda estava afundando.
Eles correram depressa para as canoas que os levariam aos seus navios, e quando já estavam quase chegando em suas embarcações, eles viram a ilha desaparecer no mar.
No Pérola era só festa, os marujos dançavam e cantavam no convés, Jack e os outros capitães ainda não participavam da festa, eles estavam na cabine do capitão, prontos para realizar seus desejos, já que eles já tinham aberto o baú com uma lagrima de Aurora.
- Bom, o ritual é o seguinte, cada um pode fazer um desejo as quatro pedras, depois elas vão perder o poder, e ela só concede quatro desejos. – disse Jack. – Quem quer começar?
- Vamos deixar o Turner ser o primeiro. – disse Barbossa.
- Obrigado capitão. – agradeceu Will.
Will se aproximou mais da caixa, olhou as pedras, fechou os olhos e pediu em voz alta:
- Eu quero me libertar e libertar todos os meus homens da maldição do Holandês voador.
As pedras começaram a brilhar e uma brisa forte foi sentida por todos. Will sorriu, ele não se sentia mais preso ao Holandês.
- Estou livre Elizabeth, livre!!! – Will abraçou sua mulher e rodou com ela pela cabine, agora, eles poderiam ficar juntos pelo resto de suas vidas.
- Sua vez Barbossa. – disse Jack, feliz por seu amigo, mas também com presa para realizar seu desejo.
Barbossa não fez muita cerimonia, ele não queria nada tão grande quanto os outros dois.
- Eu quero ter o poder de parar uma tempestade se a mesma estiver ameaçando me navio a mim ou aos meus marujos.
As pedras brilharam novamente, a brisa soprou mais uma vez, e estava feito.
- Sua fez Jack. – disse ele a Jack.
O Sparrow se aproximou da caixa e olhou para Angélica, sua intenção não era viver para sempre, ele só queria viver enquanto Angélica vivesse, e foi isso que ele pediu.
- Eu quero viver o mesmo tanto que viverá Angélica Teach. – disse ele olhando nos olhos dela, que demonstravam surpresa.
As pedras brilharam e a brisa soprou uma ultima vez, estava feito.
- O que faremos com o último desejo? – perguntou Barbossa.
-Guardaremos. – disse Will, olhando para Jack.
- Estou de acordo com a ideia. – respondeu ele.
E então cada um foi para seu navio comemorar, e Jack e Angélica ficaram sozinhos em sua cabine.
- Pensei que queria ser imortal Jack. – disse ela.
- Não teria graça ser imortal sem você do meu lado, afinal, você não é imortal, só vivera mais que os outros por causa da fonte da juventude, e eu quero passar todo o tempo que ganhamos, com você.
Angélica sorriu emocionada e foi beijar seu homem.

Felicity estava na proa do navio, olhando para o mar, quando viu Heitor se aproximar.
- Então.... Conseguimos. – disse ele.
- Pois é, conseguimos, mas o que será de nós dois agora? – perguntou ela, olhando nos olhos dele.
- Como assim?
- Nossos pais não vão seguir viagem juntos Heitor, teremos que nos separar.
Heitor sorriu com a preocupação de City, chegou mais perto dela e segurou seu rosto, fazendo-a olhar em seus olhos novamente.
- Não vamos nos separar, seguirei viagem com você, já conversei com meus pais, eles precisam de um tempo juntos, não vão mais navegar, e bom, eu como ótimo pirata que sou, já arrumei outro navio onde posso tripular.
Felicity sorriu com lagrimas nos olhos, estava tão feliz com a notícia que quase não segurou o grito que queria soltar. Ela tocou no rosto de Heitor e sorriu mais uma vez antes de beija-lo, um beijo que se tornou outro e mais outro, durante a noite inteira.

Todos os marujos do Pérola estavam presentes na praia de Port Royal para o casamento de Simon e Aurora, os pais dela, Philip e Syrena também estavam presentes, orgulhosos da filha que tinham.
Foi uma cerimônia pequena horas antes do pôr do sol, mas linda, Felicity e Heitor foram os padrinhos.
Logo depois do casamento, eles fizeram uma pequena festa na praia, onde dançaram e cantaram como sempre faziam em suas comemorações.
Heitor procurava Felicity pela praia, até que a avistou perto da agua, olhando o horizonte. Ele sorriu, foi até ela e a abraçou por tras.
- Quando será nossa vez de casar City.
Felicity riu.
- Não sei, mas quero que seja no navio, isso é claro, se meu pai deixar. – disse ela, ficando de frente para ele.
- Será que Barbossa casa a gente se ele não deixar? – perguntou ele, sorrindo.
- Tenho quase certeza que sim. – disse ela rindo.
Heitor ficou sério, e olhou nos olhos de sua amada.
- Eu amo você Felicity, amo e vou amar para sempre.
Felicity sorriu emocionada.
- Também te amo Heitor, e vou te amar até depois da morte.
Heitor tocou em seu rosto e a beijou com paixão, com a presença do pôr do sol para coroar tão bonita cena de amor.

Piratas do Caribe: As jóias elementares.Onde histórias criam vida. Descubra agora