O que dizer diante da existência de um menino?
sabia eu, dentro do ventre, que iria ser artista?!
Gostava que fosse um grande valor humano, um Menestrel da Paz!
Estamos no presente e me deparo diante de uma folha vazia a escrever preenchimentos...
Olho teus olhos e faço a viagem.
Lembro do Rafa pequeno ( sete anos ), todo início de ano, eu lhe oferecia um papel em branco com bordas desenhadas e diza: " Estava teus objetivos emoldurados para o ano vindouro" ... E, junto, dava um caderninho ... " Escreva teus sentimentos, seja bons ou não, são teus, somente teus, dizem de ti, merecem toda atenção." Insistia. " Escreva teus sonhos ao acordar e o quê quer sonhar, antes de dormir." Persistia " Escreva nem que seja uma palavra que resuma o todo e o nada de cada dia, escreva em códigos, se preciso for, desenhe. Não deixe de escrever! Porque hoje pode parecer bobagem, mas daqui há um, cinco, dez anos... Esses registros serão a tua história... Incluindo as páginas em branco!"
Rafa guardou os caderninhos... Que bom!
Temos todos nós, a oportunidade então, de compartilhar o genuíno potencial criativo, que nasce do bem, promove o belo e desencadeia benefícios!
Escrever e ler com os olhos do coração sem julgamentos, a confiar no vento... O tempo de uma existência.
Tudo passa, a barriga, o leite, as fraldas. Do primeiro dente ao siso, choros e risos! E o que fica é só o delicado momento de gratidão por encontrar em vida, pessoas que nos sirvam de exemplo. Aprendemos com os filhos, fique aqui resistrado!
Ser mãe é ter o coração na boca, um filtro nos ouvidos e a memória nos olhos! Deve ser por isso que dizem que água tem memória...
Olhe nos meus olhos agora e veja o orgulho que transborda em lágrimas de muita, muita, muita emoção. Ensine aos filhos que eles são capazes de fazer o bem e, assim, serão o próprio bem!Obrigada, Rafael!
Obrigada por ser o Menestrel da minha Paz!
- Valéria Alencar
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Quer se ver no meu olho?
PoesíaPrimeiro livro de poema de Rafael Vitti. " Seus versos, sempre muito musicais, partem de seu peito como borboletas e pousam no branco do papel. Coloridos, graciosos, pungentes mas, sobretudo, delicados. Eternizam o efêmero da paixão juvenil dando v...