Caçando Os Winchester

Allan

Saí da casa dela e fui para o bar, por incrível que pareça o bar estava vazio.

-Oi, tia, o que a senhora está fazendo aqui? - perguntei como se fosse novidade

- Oi, querida, afogando as mágoas, quer se juntar a mim? - falou balançando a bebida no copo

- Não, estou em serviço, Você conhece alguma dessas palavras?

- Não, mas pergunta pro Phil, assim ele faz algo de útil

Minha tia não é de falar assim, algo de errado não está certo. Sentei na mesa do bar e perguntei

- Oi Phil, tudo calmo por aqui?

- Oi Pirralha, sim.. quer dizer mais ou menos...

- HA! sabia que você tinha aprontado alguma coisa pra minha tia, o que você fez dessa vez? vocês estão "bolados" ela ta falando com ironia, tava meio que óbvio...

- Para, para, pirralha, a gente não brigou, eu só não quis dar mais bebida pra ela, se não ela vai passar mal. nos não estamos "bolados" - fez com os dedos e cara de deboche

- ah, ta... - falei percebendo que pisei na bola, mas não iria admitir isso, não é mesmo? - então o que esta mais ou menos?

- O Allan, ele não tá bem, não que eu me importe, mas, ele ta falando até de demônios

- Phil, coloca mais uma na minha conta - Allan gritou

- Enfim, você já viu essa palavra? ou alguma parecida? - mostrei o papel

- Que isso Pirralha? você tá tentando beber um novo tipo de bebida é? - falou debochando

- Não, olha, você sabe ou não? - falei estressada

- Isso ta parecendo uma bebida, se chama Winchester

Não tem sentido ser o nome de uma bebida, mas já é um começo

- Você pode me contar a história da bebida? tem alguma coisa haver com fantas... - ele não deixou eu concluir, ainda bem

- Olha, pirralha, eu sou o dono do bar não um especialista em bebida

Fiquei pensando um pouco, sobre essa bebida, até que vejo Allan bebendo, ele estava com uma cara de acabado

- Com licença, o senhor está bem?

- Se perder a sua família é estar bem, estou ótimo!

- Sinto muito, mas, o que aconteceu?

- Você não acreditaria...

- Pode falar, Esses dias vi minha mãe que está morta falar o nome de uma bebida e eu aqui no bar procurando informações sobre ela e conversando com um cara estranho e que esta bêbado

- Bom, há dez anos atrás eu estava gostando de uma garota, Lanna, ela nem me notava sabe, falei para um amigo meu que eu faria de tudo para namorar com ela, ele falou que tinha uma solução uma coisa meio doida mas que dava certo, eu não acreditei nele, e então essa garota começou a gostar do meu irmão, aí eu perdi a cabeça, fui pela historia do meu amigo e fiz o que tinha que ser feito, ele tinha falado que era um "pacto" não acreditei muito não, mas logo chegou uma mulher falando que daqui a dez anos ela ia voltar e eu ia ficar devendo uma coisa pra ela, eu achei... achei que era bobeira, até eu casar com Lanna e ter uma filha, então essa mulher veio e matou elas

- Pactos? como assim?

- É, você vende a sua alma pro inferno, mas, não importa, elas estão mortas por minha causa - falou olhando para frente com um olhar sem vida

- Sinto muito...

- Não, você não sente.