Na manhã seguinte os guardas vieram nos dar comida e nos avisar que assim que terminássemos de comer seríamos levados para o questionamento. "Assim que eles abrirem a porta você faz" sussurrei para Luna enquanto comíamos.
Os guardas vieram, abriram a porta e Luna gritou "RELÂMPAGOOO!" Os guardas se assustaram. Relâmpago de repente apareceu voando e Luna assobiou fazendo com que o dragão voasse envolta dos guardas e soltasse um jato de fogo neles. Eles ficaram tão preocupados em não se queimar que esqueceram de nós. Luna e eu saímos correndo, fizemos exatamente como o Alfredo disse: lado direito, corredor, porta da maçaneta verde, entrar.
Era uma biblioteca, não muito grande, havia várias estantes cheias de pergaminhos. Vimos a mulher que o senhor havia falado, ela estava sentada atrás de uma mesa, lendo. Chegamos perto e ela levantou os olhos, nos olhou confusa. "Oi senhorita, você poderia nos ajudar? Somos amigos de Alfredo" Perguntei. "Então vocês são prisioneiros. O que vocês aprontaram para conhecerem Alfredo!? Os guardas devem estar procurando vocês. Venham! Se escondam rápido" falou a mulher, que não nos deixou responder. Levantou, pegou nossas mãos e nos levou para um canto da sala. Empurrou uma estante e atrás dela estava uma porta. Entramos, era uma sala de bagunça. "Fiquem aí, quando for seguro sair eu volto" disse a mulher, "Por favor, precisamos de um mapa" Luna pediu. "Deve ter algum dentro de uma caixa aí. Estou indo, os guardas devem estar perto." Falou a mulher ao sair, fechando a porta e colocando a estante no lugar.
Olhamos a sala, estava realmente uma bagunça: caixas de pergaminhos velhos e alguns rasgados, tapetes empoeirados, quadros empilhados e um sofá antigo. Fomos procurar algum mapa do castelo, caixa por caixa, até que encontramos um. Planejamos como iríamos chegar em sua mãe, na cozinha real.
Enquanto esperávamos algum sinal da bibliotecária, comecei a conversar: "Luna, eu estava querendo saber o porquê você ficou tão irritada com o rei naquela hora?", Luna me fitou e disse: "O porquê!? Eu vou dizer e porquê! Ele foi a causa de um monte de mortes! Ele destruiu o nosso reino só por poder! Destruiu minha casa! Ele escravisou várias pessoas! Fez minha mãe de escrava! Se eu pudesse eu o mataria... É isso! Eu vou mata-lo!" "Você tem razão, mas não é certo ter esse pensamento, por mais que ele tenha feito tudo isso, não merece morrer, merece ser preso. Não tente matar ele, porque se você conseguir, os problemas não irão se resolver e você não sairá livre. Tá bom?" "Sim!" disse ela brava chutando umas caixas. Logo escutamos a estante sendo arrastada, a porta se abriu, era a Bibliotecária "Oi crianças, os guardas já passaram por aqui, e agora estão verificando outras áreas do castelo. Acho melhor vocês dormirem, já está de noite e eles irão continuar procurando. Amanhã de manhã será mais seguro vocês partirem. Mas a escolha é de vocês. Deixarei a estante fora da porta". Assim que terminou de falar ela entregou para nós pães e leite. "Ah! Eu trouxe mais uma coisa" ela saiu e voltou rapidamente com uma bolsa e duas espadas. Eram as nossas coisas, que os guardas haviam pegado. Agradeci e ela foi embora. "Então, vamos amanhã de manhã né!?" perguntei, Luna confirmou. Então comemos, arrumamos o sofá e uns tapetes no chão e fomos dormir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As Crônicas de Charlie
FantasyNão via nada, o brilho era muito forte. Fechei meus olhos e senti algo pinicando minhas pernas e um calor repentino. Abri meus olhos e percebi que estava em outro lugar, ou planeta, ou talvez numa outra dimensão, alguma coisa do tipo. Estava dentro...