・Capítulo 2・(Manu) ✔

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"A vida é uma dança na qual temos que estar preparados para dançar conforme a harmonia dada por ela, pena que nem sempre dançamos a que é dada por nossos corações."

Esse pensamento sempre esteve presente em minha vida, lembro de uma doce e meiga voz dizendo isso para mim, uma voz que nunca mais ouvi, não lembro de quem é mas sempre amei o tom de sua harmonia, ela é meio que me guia quando estou perdida em pensamentos e cuida do meu coração.

Não sei se é infantil da minha parte, com 17 anos prestes a completar 18 anos, ainda ter um diário ou como gosto de falar, meu caderninho dos desabafos pessoais. Essa frase eu tinha escrito na parte de dentro da capa dele. Se eu fosse listar uma playlist da minha vida nem saberia por onde começar, todos nós temos uma harmonia única em nossos corações.

Agradeci a Richard por ter me levado a casa do Joseph, disse que não precisava ir me buscar depois pois era provável que Joseph me levasse para casa, desci do carro e caminhei pela calçada da casa até ficar em frente ao caminho de pedra que levava a porta.

- Esta atrasada Manuella! - disse meu namorado me repreendendo em tom severo ao vir em minha direção, reviro os olhos de leve para ele não perceber se não... - Olhe os modos na frente dos meus pais Manuella! Não repita isso na frente deles, sabe que minha mãe não gosta de rebeldia.

E me repreendeu outra vez, odeio quando ele faz isso principalmente na frente dos outros, age como se fosse meu dono e não meu namorado, e também eu nem queria estar ali, só estou a pedido dele que soou mais como uma ordem na hora. O que a gente não faz por amor? Eu o amo, certo?

- Desculpa amor, estava no Ballet e a professora não quis me liberar cedo e eu também precisava ir em casa me arrumar, não poderia vim suada com a roupa de Ballet para o jantar, você sabe como é o trânsito de Nova York... - Ele levanta a mão mandando eu parar de falar.

- Não quero saber de suas desculpas Manuella. - Ele ajeita as abotoaduras de sua camisa social branca, respiro fundo passando as mãos por meu vestido o ajeitando e em seguida passo por meus cabelos vendo se estava tudo ok, tinha que estar apresentável para os pais dele, principalmente para a naja que ele chamava de mãe. - Venha, já estamos atrasados, no caso você esta atrasada, como sempre.

Ele reclama colocando uma de suas mãos em minhas costas me guiando para dentro, eu sempre me encantava com sua casa, ela de fato era linda graças a sua mãe que sempre se preocupava em ser impecável como a minha, deve ser por isso que são tão amigas.

- Manu querida! - Escuto o pai de Joseph me cumprimentar ao fechar a porta do seu escritório, ele vem até mim e me abraça, abraço que retribuo com maior carinho. - Como você esta? E seus pais?

- Senhor Morales - Sorrio ao cumprimentar ele o que resultou numa careta dele dizendo que para mim era Berlino, quando vou continuar a falar paro ao ouvir passos de salto vindo em nossa direção, então todos olhamos para mesma direção onde vinha minha querida sogra também conhecida como naja em minha mente.

- Manuella, como vai querida? - Ela pergunta com um tom cínico que procuro não me importar.

- Vou bem e a senhora? - Pergunto sendo casual e educada.

- Não poderia estar mais feliz! Minha família esta novamente completa, minha filha voltou para casa depois de tanto tempo longe. - Ela diz entusiasmada, dou um sorriso concordando com ela, ela me olha de cima a baixo voltando a sua pose cínica e sorriso falso, e lá vamos nós. - Bom, vamos para a mesa, a janta logo será servida e Carol esta a nossa espera.

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