Com o término de nosso trabalho, Peter foi embora. Talvez seja meio difícil admitir, mas a presença dele não é tão ruim, na verdade, ele é uma pessoa que você poderia passar horas conversando que, nunca se enjoaria. Mas o que o torna complicado de lidar é o preconceito. Eu não dou a miníma se ele gosta ou não, mas a questão é que, ele não tem respeito, e isso é praticamente inaceitável.
Mas eu agradeço, por não ter que lidar com isso em casa. Em falar nisso, Susan contou ao meu pai sobre o namoro, para a minha total surpresa meu pai ficou eufórico, aquele era seu outro eu em um universo paralelo?
Kate: Pai, para deixar bem claro, eu nunca namoraria uma pessoa como ele, sem contar que, ele é um idiota sem noção, aquilo que ele falou foi uma brincadeira infantil - falei alterada, o que fez ele gargalhar ainda mais, quando se recuperou saiu da sala e me deixou sozinha com Susan.
Susan: E se parar pra pensar quem quer uma pessoa gorda como você? - eu tenho um corpo horrível, só que eu não sou muito gorda, aquilo que Susan me disse me deixou extremamente aborrecida - Brincadeira, você ate que é bonitinha, mas de um modo peculiar - disse analisando meu rosto - Você é fofa. Isso, fofa te define. - com o termino da frase de Susan lembrei da forma hedionda que consegui perder peso, junto com remédios, academia (que só fui durante um mês) e claro a anorexia me recebia como uma velha amiga.
Kate: Não me chame de fofa, segundo eu estive tendo muita paciência com você, então não me queira como inimiga - disse me levantando do sofá e indo até meu quarto, ela já havia esgotado minha paciência.
Kate: Mãe o menino me chamou de goida - ela me pega em seu colo, e posso sentir seu cheiro doce, com seu sempre e velho perfume barato.
Helena: Gorda? - faço um sim com a cabeça, ela levanta e vai até o menino - Ei, da próxima vez que você chamar a minha filha de gorda, juro que você vai querer voltar pro útero da tua mãe - olho para seu rosto e vejo firmeza e determinação em seus olhos.
Foi a primeira vez que, senti que minha mãe estaria comigo sempre que pudesse, me protegendo, como uma mãe coruja. Ela seria sempre meu lar onde sempre estaria segura.
Helena: Escute aqui meu bem, você não é gorda, você é perfeita, do jeitinho que é, não deixe que te abalem com isso, promete?
Kate: Pometo.
Devo ter dormido sem perceber, acordei meio dolorida deve ter sido por que acordei no chão não é mesmo? Mas ao todo dormi muito bem, sonhar com a minha mãe, me faz bem, ao meu psicológico principalmente.
Vou até a escola pensativa, ali começava mais um dia.
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Reaprendendo A Viver
Teen FictionKatrina, mais conhecida como Kate, tem apenas 16 anos, sua vida muda radicalmente quando sua mãe, Helena, acaba sofrendo um grave acidente de carro e falece. Ela é brasileira, seus pais se separaram ainda criança, e com a morte de sua mãe ela se mud...