Capítulo 24 - Dicas de como ser idiota.

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As mãos dele, estavam em minha cintura, sua testa encostada minha, e minhas mãos brincando com os fios do seu cabelo, atras de sua cabeça. Era como se eu sentisse, cada pedaço dele, como se eu o completasse, e ele completasse a mim. Um beijo, delicado e intenso, não foi como da primeira vez. A cena não parava de se repetir em minha cabeça, eu queria mais, porém, ao mesmo tempo, não queria, era um conflito enorme, dentro de mim mesma.

Eu continuava continuava com os olhos fechados, com uma respiração tensa,e um coração quase saindo pela boca, era isso, eu literalmente me acho uma idiota.

Eu fiz Direito em Doutorado de idiotice, no Brasil, que orgulho!Seriamente não me gabando, mas eu sou quase professora, na matéria, idiotice. Acho que lançarei um livro, o nome será: "Dicas de como ser idiota". Em breve, nas bancas.

Voltando para o beijo, cansei de falar de como sou idiota.

Eu abri os olhos, e vi que os olhos de Peter estavam abertos me fitando, minunciosamente. Sua expressão estava séria e preocupado.

Que olhos castanhos mais maravilhosos. Foco.

Quando beijei Peter, senti novos sentimentos se formando, coisas que, nunca senti antes, com ninguém. Parecia que eu tinha borboletas na barriga e elas lutavam para sair, parecia um sonho junto com um pesadelo.

Peter causou perguntas que não encontra-se respostas facilmente, ele me causou sentimentos desconhecidos. Peter me tira de transe, se afastando de mim:

Peter: Olha, desculpe, eu não queria te beijar. Minto, na verdade eu queria - parecia que ele estava tentando encontrar cada palavra certa, para terminar sua frase - Foi um erro.  Minha razão disse não, mas meu desejo falou mais alto -  disse se encostando na parede. Ele parecia estar sendo sincero contudo. E eu estava ainda mais confusa sobre tudo que estava  acontecendo - Desculpe -  disse depois de longos, e torturadores segundos.

Kate: Está tudo bem, não vai aconer de novo, promete? - digo levantando o dedo mindinho. Parecia bobo, aos olhos de alguns, mas eu levava isso muito a sério, e tenho certeza que ele também levaria.

Peter: Prometo - disse cruzando seu dedinho, com o meu - E que tal, eu fazer um brigadeiro, para a gente?

Kate: Não vou morrer envenenada? - disse rindo.

Peter: Você acha que eu seria capaz de te envenenar? - ri e acabei me engasgando  com minha própria saliva, Peter bateu em minhas costas na tentativa de me ajudar - E você achou que ia morrer com minha comida.

Kate: Quem sabe - disse tossindo - não posso arriscar -  disse sem folego.

Peter: Você esta bem? - disse parando de rir.

Eu estava me ajeitando no no chão do corredor, e meus olhos pousaram em uma foto minha e da mamãe, ela usava um vestido até metade das cochas florido, ela me empurrava no balanço, o sorriso dela era perfeito.

Flash Back On.

Mamãe estava estendendo uma toalha que trouxera para pique-nique debaixo de uma arvore, papai estava vendo as fotos em sua câmera.

Kate: Eu quelo ir no balancho papai - digo pulando em seus bracos, fazendo a câmera cair no chão.

Luis: Balanço, filha - disse pegando a câmera do chão.

Kate: Eu chou criança - fui ate minha mãe, e a mesma me pegou no colo, e me levou até o balanço.

Helena: Querido! Tire uma foto - disse me balançando cada vez mais alto e então ele começou a tirar varias fotos. 

Flash Back Off.

Dessa vez nenhuma lágrima desceu dos meus olhos, consegui sorrir, ao lembrar dos momentos bons, já é um avanço.

Percebo que Peter ja estava me fitando, por um longo tempo e contradigo:

Kate: Ah sim, sim - digo sem fazer a minima ideia do que estava fazendo.

Peter: Você foi pra onde? Katrinalandia?

Kate: Não seria uma má ideia.

Peter: Você é doida, sabia? - disse se levantando e soltando um riso pelo canto da boca.

E a ideia de dizer: Sim, por você, ficou cogitando em minha cabeça mais isso a gente releva.

Como sou idiota.

Reaprendendo A ViverOnde histórias criam vida. Descubra agora