Capítulo 32

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Lauren POV

Eu terminei de abrir a lata de tinta vermelha, em uma mesa no quintal, enquanto Benjamin parecia ansioso ao meu lado, com os olhos atentos em tudo o que eu fazia. Eu tinha começado a fazer a casa da árvore para ele e como qualquer criança interessada, ele queria participar de tudo... É claro que a maioria das coisas não eram tão fáceis ou adequadas para a idade dele, mas pelo menos a casinha do Marley Jr. ele poderia pintar para se distrair.

—Ok, tem um pincel aqui para você e agora é só pintar, corujinha. – Eu comentei depois de mexer a tinta e estender o pincel para ele.

—Podemos colocar azul no teto? – Ele perguntou com os olhos brilhando e eu sorri.

—Podemos, mas então você vai ter que começar a pintar o azul no teto primeiro. – Eu analisei pegando a lata de tinta azul.

—Por quê? – Ele perguntou curioso.

—Porque o teto fica em cima e você pode deixar pingar tinta na parte de baixo... Se você já tiver pintado de vermelho vai acabar manchando com o azul. – Eu expliquei calma e ele pareceu entender, enquanto eu lhe entregava a outra lata pequena aberta.

—Ok... – Ele assentiu calmo.

—Tudo bem, agora é com você e não esqueça que o azul vem primeiro. – Eu avisei e o observei se afastar com um enorme sorriso no rosto, levando consigo o pincel e tinta nas mãos.

Eu voltei a me concentrar nas tábuas de madeiras, cortadas em cima da bancada, que havia montado no quintal, aproveitando para checar as medidas e marcações que já tinha feito. Por algum motivo, quando fui pregar algumas delas, não estava encontrando o saco de pregos novos, que havia comprado e que estava por perto até cinco minutos atrás.

Odeio quando as coisas somem de repente.

—Droga... – Eu murmurei quando Marley passou pelo quintal com o saco na boca e com o rabo abanando. – Marley! – Eu o chamei firme e ele parou para me encarar. – Me devolve isso. – Eu pedi o chamando com a mão e ele apenas me ignorou voltando a andar pelo quintal.

Eu revirei os olhos com seu comportamento e comecei a caminhar em sua direção. A cada passo que eu dava até ele, ele dava dois para longe de mim e toda vez que eu tentava aumentar minhas passadas, ele aumentava as dele também.

É sério isso?

—Marley! Larga isso agora! – Eu gritei, quando ele começou a correr para longe de mim e eu andava atrás dele.

Quando eu percebi, já estava correndo igual a uma idiota pelo lugar, tentando, em vão, tirar o saco de pregos do cachorro metido a Aladim.

—Marley! – Foi a vez do Benjamin reclamar, quando o cachorro passou correndo ao seu lado e derrubou metade da lata de tinta sobre a blusa no garoto.

Logo depois, em uma tentativa falha, eu tentei me esticar, mas acabei caindo no meio do quintal e por pouco não engoli um monte de grama.

Esse negócio é só um filhote e já é um monstro em potencial... perfeito!

—Mas o que... – Camila apareceu no quintal com a expressão confusa. – Marley Jr.! Já chega! – Ela falou firme e o cachorro parou para encará-la. – Devolve isso. – Ela pediu no mesmo tom duro, estendendo a mão e eu observei o cachorro andar naturalmente até ela.

Camila pegou o saco rapidamente e acariciou as orelhas do cachorro sentado com a língua de fora e o rabo abanado, enquanto eu e Benjamin encarávamos a cena, boquiabertos.

PJ's Heart - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora