10.

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Harry:

A minha segunda-feira tinha começado péssima. Tudo tinha começado com a minha irmã de tpm, minha mãe estressada por causa das entregas de flores que deram errado e meu pai nervoso com problemas no carro, e o estresse de todo mundo da família acabou me atingindo, o que resultou em um Harry com dor de cabeça na escola tendo que aguentar seis aulas e com um péssimo humor.

Antes da sexta - e última aula - começar, Louis me parou no corredor e nós conversamos por uns minutos. Ele perguntou se eu já tinha falado com o Niall e eu - obviamente - não tinha. Era simples: meu dia tinha começado tão ruim que nem falar eu queria, mas lá estava eu conversando com Louis Tomlinson e ele me oferecendo remédio pra dor de cabeça. O que salvou o resto do meu dia.

...

Eu precisava mesmo tomar um cappuccino bem quente e o lugar mais próximo que eu conhecia - e que era bom - ficava a três quadras na escola, então eu não quis perder tempo e assim que bateu o sinal andei rápido até o estacionamento.

— Harry! - Ouvi Niall gritar meu nome e parei de andar, me virando lentamente. O loiro estava ofegante e colocou as duas mãos nos joelhos tentando recuperar o ar.

— Porque você correu? Poderia ter me ligado. - Falei baixo, ainda não arriscando falar alto e fazer a dor de cabeça voltar.

— Meu celular descarregou depois que paramos de trocar mensagens e eu não podia arriscar ficar sem carona. Enfim, vamos mesmo na loja da senhora Malai? - Assenti devagar e abri o carro. Como dito no dia anterior, eu voltaria à loja aonde tinha comprado os ingredientes para a poção.

— Louis vai com a gente, mas disse que precisa fazer algo na casa de um amigo dele antes, então você vai comigo tomar cappuccino e depois passamos na casa do tal amigo para busca-lo.

— E você sabe onde é a casa do amigo dele? - Entrei no carro e Niall fez o mesmo.

— Não, mas Liam sabe e eu vou pedir o endereço.

— Por que você não pede pro Louis? - O maldito irlandês me encarou desconfiado, era visível que tentava conter um sorriso malicioso.

— Não tenho o número dele. Ainda. - Revirei os olhos enquanto dava um tapa na perna do loiro. Dei partida assim que um carro saiu do trás do meu.

— Ainda. - Niall deu uma risada. — Vocês ainda vão foder. Anote isso.

— Eu vou é te bater! Cala a boca.

— Você não pode me bater, eu sou seu companheiro de aventuras! - Semicerrei os olhos e olhei rapidamente pra Niall.

— Eu já mandei você parar de ser idiota, Irish.

— Só por causa disso eu vou ligar o som e colocar a música no último volume.  - Dito e feito. Dirigi até a cafeteria com Niall no banco do passageiro gritando as músicas nas quais estava viciado e ouvia o dia todo. Sem exagero.

Ficamos vinte minutos na cafeteria, até Niall ligar pra Liam - depois de insistir muito para que fosse ele a pedir o endereço, não eu - e ficar conversando coisas aleatórias enquanto eu tentava tomar o celular da sua mão, o que não deu certo, o irlandês maldito só desligou uns sete minutos depois, ele estava com um sorriso no rosto e o endereço da casa onde Louis estava em uma mensagem enviada pelo - futuro - namorado.

Amortentia | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora