2.

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Harry:

Peguei meu celular no bolso e cliquei no nome de Niall. Tocou uma, duas, três, quatro vezes e nada. O que aquele idiota estava fazendo?

Respirei fundo e voltei a folhear o livro enorme que estava na mesa. Aquilo era real mesmo? Nossa, eu poderia testar a poção do amor no Zayn pra ver se funcionava, afinal, era uma chance única.

— Achou o que precisava querido? - Barbara perguntou e eu me assustei, nem a percebi se aproximando.

— Hm... Achei sim. Obrigado. - Sorri pra ela e assenti.

— Acho ótimo. - Sorriu e fez um leve carinho no meu ombro. — Eu vou fechar a biblioteca em cinco minutos, tudo bem?

— Tudo, já estou de saída. - Barbara voltou para a recepção e eu comecei guardar minhas coisas e devolver os livros.

Olhei para o livro de poções em minhas mãos e pensei em devolver, mas eu estava curioso e queria lê-lo com calma então o guardei na mochila e avisei Barbara que devolveria assim que possível, ela apenas concordou e desejou boa noite antes que eu saísse da biblioteca.

Cheguei em casa quase sete horas. Minha mãe tinha o jantar quase pronto e dava tempo de eu tomar um banho antes de ter que descer novamente, e foi isso que eu fiz.

Tomei um banho rápido e saí do banheiro com a toalha na cintura. Peguei a mochila para arrumá-la e comecei a tirar os cadernos e o livro de poções. Sentei na poltrona para ler. Abri na página da Amortentia e comecei a ler os ingredientes, eles eram estranhos e eu não sabia se conseguiria todos.

— HARRY, ESTÁ PRONTO. – Minha mãe gritou e eu assustei (de novo em menos de uma hora). As pessoas tinham tirado o dia para me assustar.

— JÁ VOU! - Respondi e voltei minha atenção ao livro.

Manjericão seco e triturado, funcho seco, vervena europeia seca, moscada rasteira, vinho tinto e vela cor-de-rosa untada com óleo rosa. Onde eu ia achar tudo aquilo?

Peguei o notebook na mesinha que ficava ao lado da poltrona e o liguei para começar a pesquisar sobre poções, mas minha mãe me chamou de novo e eu tive que me vestir e descer.

O jantar durou uns trinta minutos, meus pais falaram sobre seus trabalhos e eu sobre a escola. Depois de um tempo eu desejei boa noite, dei um beijo na testa dos dois e subi.

Eu não dormi antes das três e meia da manhã. Fiquei pesquisando sobre o livro, sobre bruxaria, as poções e os ingredientes. Era tudo muito fascinante, eu não conseguia parar de ler, e o resultado foi que eu acabei acordando atrasado para a aula e fiquei parecendo um zumbi durante a manhã toda.

•••

Niall e eu estávamos almoçando na lanchonete em frente à escola e eu não conseguia prestar atenção nas coisas que ele falava. Minha mente continuava na poção e eu precisava falar sobre.

— Niall. – O interrompi e ele parou de falar para me olhar.

— Essa sua cara. – Ele apontou pro meu rosto e eu o olhei confuso. — O papo é sério. – Horan voltou a comer as fritas e eu respirei fundo enquanto assentia.

— Ontem na biblioteca eu acabei pegando um-

— Garoto? – O loiro me interrompeu rindo e eu revirei os olhos.

— Fique quieto. – Joguei um sachê de ketchup nele. – Voltando. Eu acabei pegando um livro errado e comecei a ler, e Niall, era um livro de magia, tem várias poções, e uma delas é do amor. Amortentia. – Tomei um gole do meu suco de laranja e o loiro ainda me encarava esperando a continuação da história, ele piscava lentamente e tinha os olhos semicerrados.

Amortentia | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora