15.

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Harry:

— Ela fica assim sempre? - Louis perguntou enquanto fazia carinho na Pipoca. Ela estava dormindo na minha barriga enquanto eu continuava jogado na minha cama, sem me mexer para não acordá-la.

— Sim, ela é muito preguiçosa. - Sorri ao perceber a gatinha ronronando. Tão linda.

— Igual ao dono. - Tomlinson me encarava com um sorriso provocador, e eu revirei os olhos.

— Já escolheu seu terno? - Minha mão encontrou a dele e comecei a fazer carinho com o polegar. Louis olhou para nossas mãos e mordeu o lábio inferior, tentando conter um sorriso.

— Minha mãe que escolheu, eu não tenho paciência pra isso. - Ele deu os ombros e entrelaçou nossas mãos. Elas se encaixavam.

— Sua mãe sabe que você é gay? - Ergui as sobrancelhas quando ganhei sua atenção, ja que ele não parava de olhar para nossas mãos juntas.

— Minha família toda sabe. - Louis estava sentado ao meu lado na cama e acabou se deitando também. — Eu contei aos treze anos, quando beijei um garoto e tive certeza de quem eu era.

— E qual foi a reação de todo mundo? - Virei o rosto para olhar pra ele, e ele ja me encarava.

— Minha mãe sorriu e disse que já sabia, meu pai apenas disse: "E eu achando que era algo grave." e depois saiu da sala rindo. Minhas irmãs também reagiram muito bem, as mais velhas souberam antes dos meus pais, então elas me ajudaram a criar coragem e falar. - Louis suspirou, mantendo um sorriso de leve em seu rosto, como se lembrasse do momento. — E você? - Ele se aproximou de mim e apoiou a bochecha em meu ombro, passando o braço pela minha barriga e me abraçando.

— Meu pai viu uma foto minha beijando um garoto e foi conversar comigo. Ele só disse que queria sinceridade, porque eu tinha dito que era hétero um dia antes, quando fui perguntado sobre relacionamentos. - Lembrei da conversa que tive com meu pai e um sorriso brotou em meus lábios.

— Que bom que nossas famílias nos aceitaram muito bem. - Tomlinson levantou o rosto e deixou um beijo rápido no meu queixo. Eu queria beijá-lo, mas não podia me mexer, com a Pipoca ali porque ela ia acordar.

— Eu vou colocar a Pipoca na caminha dela. - Louis se afastou um pouco de mim e eu me sentei na cama, pegando a gatinha no colo e indo pra sala, onde ficava a grande caminha dela. A coloquei lentamente no amontoado de algodão e sorri ao que ela continuou a dormir.

Voltei pro quarto devagar, pra não fazer barulho, já que meus pais já estavam dormindo, e Gemma também. Era sábado e já passava da uma da manhã, eu não sabia se Louis ia dormir na minha casa ou iria embora, então esperei ele me falar.

— Voltei. - Falei baixo assim que entrei no quarto, vendo Louis de bruço e sorrindo pra mim.

— Deita aqui comigo. - Ele se arrumou na cama e deu batidinhas onde era pra eu me deitar. Assenti e andei até a cama, me deitando e deixando ele me abraçar. Eu não sabia o que estava acontecendo entre nós dois, mas desde a sexta passada, quando ele me pediu pra ir ao baile com ele, nós estávamos "juntos", ou algo do tipo. Tinha beijos, abraços, sorrisos e carinhos, estávamos nos conhecendo mais e era algo muito bom. — Harry, o que nós somos?

A dúvida do século.

— Humanos, eu espero. - Ri baixo quando ele bufou.

— Eu estou falando sério. - Nos afastamos um pouco e ficamos nos encarando.

— Eu também. - Ele revirou os olhos e eu o dei um selinho rápido.

— O que nós temos? - Louis começou a mexer nos meus cachos e meus olhos fecharam automaticamente, mas voltei a abri-los quando ele parou com o carinho.

Amortentia | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora