Destinada À Encontrá-los

51 . Edward

  Como é bom tá em sua própria casa, depois de sair de um hospital, mas, infelizmente, minha felicidade não está totalmente completa, pois a pessoa que eu queria que estivesse comigo não ficou comigo em nenhum momento, nem ao menos quis saber notícias sobre mim.

–Ela não ligou?–perguntei ao James.

–Não.–ele respondeu.

–Já deve ter me esquecido.–falei.

–Logo você esquece ela também.–falou.

–Eu nunca vou esquecê-la.–respondi.

–É melhor assim.–ele completou.

–Melhor pra quem? Pra mim? Eu te garanto que não.–eu disse.

–Mas você sofre quando tá com ela.– ele falou.

–Ao contrário, quando eu estou sem ela é que eu sofro.–conclui.

  O James saiu do quarto, e eu tinha que ficar lá, descansando, na verdade, eu estava ótimo, pois se uma semana sobre cuidados médicos não resolve, não sei o que resolveria. Pensei em mandar uma mensagem pra Katy, mas desisti, por incrível que pareça, eu sou muito orgulhoso, e se ela não falou com comigo, eu quem não ia falar.

  Eu só queria que anoitecesse logo, pra eu poder dormir, e não ficar pensando nela, eu estava ficando louco, de tanto pensar nela, em todos os momentos que passamos juntos, pois por mais que tenham sido poucos, pra mim, foram os meus melhores momentos.

  Eu estava com sede, então fui até a cozinha, tomar água, queria fazer alguma coisa pro dia passar rápido, o que fazia o dia passar rápido, não tem mais.

–Não precisava ter vindo, eu mesma levaria pra você, ou então tinha chamado a Anna.–mãe disse.

–Não tem problema, eu já estou ótimo, não sou mais criança.–respondi.

–E além do mais, eu preciso sair um pouco do quarto, pra parar de pensar na Katy.–completou.

–Por que você saiu sem deixar com que ela te explicasse naquele dia?–perguntou.

–Eu só queria ficar sozinho, e acabei afastando ela de mim.–respondi.

–Desculpa tá?–ela me pediu.

–Mas você não me fez nada de mal.–fiquei sem entender.

–Você não sabe, mas eu fiz uma coisa, que te prejudicou um pouco.–ela disse, tocando em meu rosto.

–Grace?–meu pai chamou.

–Oi.–quis saber.

–Pode vim aqui, por favor?–perguntou.

–Claro.–respondeu.

  Eu fiquei curioso, sobre o que ela tinha feito de mal pra mim, que parecia ser bem sério, pelo jeito que ela falou.

  E já que não tinha nada pra fazer, fui tomar banho, porque eu estava imundo, com cheiro de hospital. Abri o guarda-roupa, à procura de uma roupa, e encontrei as roupas que a Katy tinha deixado lá, cada uma com seu cheiro inesquecível, que eu amo. Coloquei as roupas dela em cima da cama, pra depois do banho poder sentir seu cheiro, através delas.

  Quando sai do banho, me vesti e fiquei sentido o cheiro dela fluindo em meu quarto, com um aroma muito leve. Tudo me lembrava ela, parecia que ela tava ali comigo, naquele momento.