2. Sim ou não?!

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Muita das vezes temos em mente duas opções e esquecemos a vasta gama de opções existentes. Como quando nos prendemos ao preto ou ao branco, por exemplo, e não nos damos conta que existe centenas de cores. Quando temos problemas apenas achamos duas soluções e sempre uma nos obriga a abrir mão de algo importante para nós. Outras vezes nem opções temos, mas o importante é que um dia todos os problemas passam e nossas escolhas podem ser satisfatórias. E ali, naquele momento eu tinha que dizer sim ou não, e não me veio em mente outra opção plausível para recusar aquele pedido.

- Mariá, você aceita ou não, se casar comigo? - Bruno pressionou. Quando eu saí de casa sentia uma segurança que foi quebrada com esse pedido.

- Bruno... Você sabe que eu gosto de mais de você, não sabe?

- Eu sei... Eu achei que fosse a hora certa para nos casarmos...

- Só me deixa falar - interrompi. - Eu gosto demais de você, mas eu não quero me casar agora. Agora eu quero focar no meu trabalho, me entende? Vamos esperar, Okay?

Se eu gostava daquele loiro sentado à minha frente? Sim, mas não era amor, não ainda. Não era o suficiente para construir uma família.

Eu não poderia me casar com ele sendo que tinha tantas outras prioridades, como meu trabalho e minha família, por exemplo. Minha prima Abby que me desculpasse, mas precisaria a usar como desculpa para fugir do meu mais novo problema.

- Bruno me perdoa tá? - eu precisava ir pra casa. Eu precisava pensar melhor e com ele me pressionando, era impossível.

- Espera, Mariá. - pediu enquanto eu já saía do restaurante e logo me seguia pelo jardim. - Tem como me escutar? - perguntou enquanto parei a espera que o trouxesse meu carro.

- É o que eu te disse... E eu preciso ir para casa. Eu não posso te dar uma certeza agora, amanhã eu te ligo, tudo bem?

- Tudo. - disse e logo dei a partida no carro depois que o parou com o carro em nossa frente.

Liguei o som no rock mais pesado, para combinar com meu humor. Minutos depois estacionei meu carro na entrada da minha casa. Meus pais estavam sentados na sala, Abby mudou sua expressão para surpresa ao me ver.

- Oi, Bibi. - falei já a abraçando. - Quanto tempo...

- Eu estava morrendo de saudades...

- Vamos para o meu quarto, para nós conversarmos.

- Deixe a Abby conversar com a gente um pouco mais, não seja egoísta, dona Mariá. - disse meu pai.

- Vocês já conversaram o suficiente, agora é minha vez, seu Jorge. - falei o imitando. Abby levantou as mãos, dando de ombros.

Dei um beijo em meus pais e logo em seguida a ajudei a pegar suas malas e subimos para meu quarto.

- Temos muitas novidades para colocar em dia, viu minha atriz favorita. - falou depois que fechamos a porta e colocamos suas malas ao lado do minha penteadeira.

- Como foi nos Estados Unidos?

Nos sentamos na minha cama e sabíamos que provavelmente passaríamos a noite conversando, assim como fazíamos quando éramos adolescentes.

- O intercâmbio foi maravilhoso... - falou com ar sonhador. Essa era minha prima, nos parecíamos muito quando se tratava de personalidade, pensei. - E a grande novidade: eu conheci um cara. - falou e se jogou na cama.

- Como assim? - fiz o mesmo e ficamos ambas olhando o teto, com papel de parede do céu. Decidi colocar por que provavelmente vi em algum filme, e me lembrava de uma pessoa importante já que costumávamos deitar na grama da minha escola e passar horas conversando e olhando para o céu. Velhos tempos... - Qual o nome dele?

Em Tuas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora