Tudo havia voltado ao normal. Estavam novamente dentro do cronograma. Sem atrasos, eles registravam a maior quantidade de fotos possíveis, de fronte as três grandes pirâmides de Gizé e a Esfinge. Munidos de garrafas de água, protetores solar, óculos de sol e bonés, os alunos dividiam-se em grupos para fotografarem todos os momentos em seus tablets, smartphones e máquinas fotográficas de alta resolução.
-Anna, tira uma foto nossa? – disse Sophie, fazendo caras e bocas junto de Alex, no mirante próximo as pirâmides.
Após alguns minutos de apreciação, o grupo reunindo-se próximo ao guia dividiu-se entre os jipes, a fim de partirem em direção as pirâmides para continuarem a visita. Durante o percurso até as pirâmides, o guia explicava:
-Vocês tiveram sorte em virem neste dia, pois as pirâmides estavam fechadas nas últimas semanas e justamente hoje, foram novamente abertas para visitas internas. Quéops, sendo a maior delas, permite atualmente a visita de somente 300 pessoas por dia.
Os jipes andaram por poucos minutos pelo planalto de Gizé, parando próximos as pirâmides. Ao saírem dos carros, Alex e Sophie perceberam que a melhor decisão que tomaram fora ter trazido óculos de sol. Pois despenderiam a maior parte do tempo analisando monumentos altos. Com o sol forte, o ar seco e aquecido, eles bebericavam água a todo o momento, evitando assim a desidratação.
O guia, chamando-os, iniciou sua explicação sobre as pirâmides. Detalhes estes que os alunos do curso de história já conheciam, mas não o interromperam durante todo o passeio.
-As três pirâmides a nossa frente são Quéops, Quéfren e Miquerinos, respectivamente. A maior delas, como já disse é Quéops, possui quase 150 metros de altura, ou seja, equivalendo a 49 andares e... Vocês são de New York, certo?
Alex concorda com a cabeça, enquanto tira fotos do topo das pirâmides. E após, ajusta o zoom sobre os blocos de pedra entalhados em calcário branco, na base da pirâmide. Muito antigamente, estes blocos recobriam toda a extensão das três pirâmides, mas atualmente, após muitos anos de deterioração, acabaram por desprender-se.
Neste momento eles estavam dirigindo-se para a entrada da pirâmide de Quéops e o guia continuava seu discurso, dizendo:
-Então, faremos uma suposição. Caso construíssemos essa pirâmide que estamos entrando, no centro de New York, cobriria totalmente sete quarteirões. Outro dado interessante é que todas as pirâmides do Egito foram construídas no lado oeste do rio Nilo, na direção do sol poente.
O guia os levou para o interior da pirâmide. Sendo toda de pedra, era fria em comparação com o ar do lado de fora; bem como úmida e escura, apesar das diversas lâmpadas de halogênio empalhadas pelo interior da pirâmide.
Caminhando pelo interior da pirâmide, seguindo o guia e seus amigos, Alex compreendeu muita coisa que estudou em sala de aula. Os interiores das pirâmides eram todos vazios e vandalizados por centenas de anos de furtos e deterioração. Como o guia logo a frente dizia, todas as pirâmides do Egito foram saqueadas a muitos e muitos anos, com exceção da tumba de Tutankhamon que foi descoberta intacta em 1922, com todos os tesouros e relíquias em ouro e pedras preciosas preservadas.
Assim seguiu-se a visita que levou a manhã inteira e parte da tarde, eles caminharam entre as outras duas pirâmides, Quéfren e Miquerinos. Foram proibidos pelos guias, de escalarem uma pirâmide menor na tentativa de tirarem fotos mais ousadas. Conheceram também, as pirâmides menores, dedicadas as rainhas e a grande Esfinge.
Tudo era monumental. Imenso e incrível. Repletos de camelos vagando em diversas direções; turistas percorriam calçadas semi destruídas e milenares, tirando fotos de todos os detalhes.
Os alunos embarcaramnovamente nos jipes e foram conhecer as escavações adjacentes mais atuais. Viramo trabalho dos arqueólogos de perto. Realizaram um tour especial ondeconheceram os fossos, calçadas, elevados e pontes próximos ao Nilo. Nessaregião, durante o auge do império egípcio, funcionava o porto. Porto esse querecebia as riquezas e alimentos para a vida farta nos templos e casas dacapital. Em um dos fossos puderam apreciar uma barca da época sendo restauradae parte das pedras de basalto que formavam as calçadas e elevados da cidade,sendo escavadas e catalogadas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Efeito Thoth
AdventureO jovem Alex Bass nutriu, desde sua infância, um forte apreço pela mitologia egípcia, tornando-se estudante do curso de história da Universidade de New York. Seu sonho sempre fora conhecer a Cidade do Cairo com suas magníficas pirâmides do Planalto...