Cap 3 - POV ELISA

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Sigo Gaby pelos corredores e ela enlaça seu braço no meu como se fôssemos melhores amigas.

- Então Lisa... posso te chamar assim né? - Gaby pergunta me encarando.

- Claro Gaby.

- Oque você disse sobre o Fábio, é verdade?

- Pior que é. Peguei os dois no flagra. - Digo bloqueando a cena da minha mente.

Fico estática. Gaby percebe e segue meu olhar. Mesmo estando de costas consigo reconhece-lo como o rapaz do ônibus. Como se sentisse que estou na mesma sala ele se vira e me encara. Caminha em minha direção e eu aperto o braço de Gaby quando sinto minhas pernas virarem gelatina agora que posso vê-lo de perto. Ele é ainda mais lindo, lindo não, um Deus grego.

- Oi Alex - Gaby diz quebrando nosso transe. A olho boquiaberta. Como assim ela o conhece?

- Oi Gaby. - Ele diz sem tirar os olhos de mim.

- Não vai me apresentar sua amiga? - Sorri e quase tenho um infarto. Que sorriso, meu Deus!

- Essa é a Lis. Ela vai trabalhar aqui. É impressão minha ou vocês já se conhecem? - Diz se virando pra mim.

- Eer... eu... eu - Desisto antes que a situação se agrave. Já paguei mico o suficiente gaguejando.

- Mais ou menos, Gaby. - Mas pretendo conhecê-la Lis. - Ele diz e fico hipnotizada na forma que ele me olha nos olhos.

- Ham... sabe oque é? Lembrei de falar uma coisa com seu pai, Alex. Fui. - Ela diz se soltando de mim e praticamente correndo de mim.

Ótimo, maravilha. Muito Obrigada, Gaby.

- Hum. - Alex diz olhando o relógio.
- Já estamos em horário de almoço. Topa ir almoçar comigo, Lis? - Pergunta enquanto sorri malicioso.

Olho em seus olhos e não resisto.

- Claro, Alex. A propósito seu pai trabalha aqui? - Pergunto enquanto caminhamos lado a lado em direção a saída.

- Só um segundo. - Me diz enquanto seu telefone toca.
    
       Ligação on

- Pode irmãzinha, claro que pode, mas cuide bem do meu carro.

      Ligação off

- Vem! - Segura minha mão em quanto me puxa em direção à uma moto. Isso mesmo, você não leu errado, uma moto!

- Aí Meu Deus! - Grito e Alex se vira rindo.

- Que foi linda, tem medo?

- Tá doido?! Eu amo andar de moto, Alex!

- Ufa! - Alex vira a cabeça pro céu e diz:

- Obrigado Deus, por minha irmã ter pegado meu carro emprestado.

- Vamos logo? - Pergunto ansiosa. Eu realmente adoro andar de moto.

- Claro! Toma o capacete. - Me entrega e percebendo que me atrapalho na hora de colocá-lo me ajuda e fica olhando pra minha boca.

Meu estômago ronca. Jesus, porquê meu estômago tinha que roncar logo agora?! Eu sou desastrada, vivo pagando mico mas hoje tá demais.

- Vamos moça, não quero te matar de fome. - Diz e ri da minha cara.

- Sem graça. - Digo revirando os olhos.

Alex sobe na moto e estende a mão pra me ajudar a subir. Passo meus braços ao seu redor e sinto seu perfume.

- Pronta? - Pergunta me tirando do meu devaneio.

- Sim.

Ele dá partida e eu relaxo. Algumas pessoas tem medo de motos, comigo o efeito é contrário, me sinto calma.
Ele acelera e sinto seu perfume amadeirado invadir minhas narinas e me sinto viajar. Depois de alguns minutos estaciona em um parque.
Me ajuda a descer e a tirar o capacete, desce também tirando seu capacete e caminhamos em direção a uma barraquinha de cachorro quente.

- Espera aqui. - Diz e me sento na grama o vendo ir comprar nosso lanche.

- Humm - Murmuro quando ele caminha com dois cachorros quentes enormes na minha direção.

- Aqui está, senhorita. Um cachorro no capricho. - Diz me entregando e se sentando ao meu lado.

- Não podia ter acertado mais. - Digo o olhando.

- Você ainda não me respondeu sobre seu pai. - Digo mordendo o cachorro quente.

- Ah sim. Foi mal, acabei me esquecendo. Você deve conhecê-lo, Henrique conversa com os...

Cuspo o cachorro quente com o susto.

- Henrique é seu pai?! - Digo vermelha quando ele gargalha com a bagunça que fiz. Sujei meu vestido.

- Droga! - Falo tentando limpar.

- Calma, é só um vestido. - Bufo em quanto ele diz isso.

- Você fica linda com raiva - Diz me olhando.

Reviro os olhos e como meu cachorro quente. Quando terminamos Alex me chama pra caminhar um pouco.
Andamos e um silêncio desconfortável se instala entre nós dois.

- Está na hora de irmos. - Diz olhando o relógio.

- Claro.

Caminhamos até sua moto e Alex outra vez me ajuda com o capacete. Subo na moto e voltamos pra Empresa.

Idas e VindasOnde histórias criam vida. Descubra agora