Make a Wish - Jily

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Sexta 17/05

Pov's Lily

(03:15 pm)
James: Passo pra te pegar as 7:30 pm

Pode parecer idiota, mas aquela mensagem fez o coração de Lily acelerar.

(03:17 pm)
Lily: Okay. Seja pontual.

Uma boa resposta. Sem demonstrar nervosismo ou ansiedade. Ela estava orgulhosa de si mesma.

(03:20 pm)
James: Eu serei (: até mais, Lírio xx

Ela apenas bloqueou a tela e resolveu não responder. Deitou se na cama e enfiou o rosto em seu travesseiro. Quando viu o apelido sentiu sua garganta apertar e um aperto no coração.

Certo, ele a havia traído. Isso a magoou e seria impossível esquecer. Mas ela estava confusa. Em parte era culpa dela isso ter acontecido. Era assim que ela se sentia: culpada.

Era verdade que fora ele havia bebido; mas ela o havia pressionado, ela pedira um tempo, ela desviou o olhar na lanchonete, ela tentou força-lo a contar algo que dizia respeito a apenas ele e o melhor amigo.

E agora ela não sabia o que sentir. Era um mistura de sentimentos. Um pouco de raiva dele, raiva de si mesma, tristeza, decepção, e uma pontinha de alegria, pois ia encontra-lo hoje.

Mas isso seria certo? Depois de tudo? Ela já não sabia. Eles poderiam voltar? Na hora que viu o vídeo, achou que era algo imperdoável. Mas ele andava tao triste e tao arrependido. Ela notava que ele estava mal. O problema é que tudo estava confuso.

Era como se tivesse uma discussão entre perdoar ou não. Era sua mente contra seu coração. Era como aquelas discussões "BiscoitoXBolacha" e ela, sinceramente, estava quase correndo atrás de um bolinho.

Mas em algo em teve certeza naquele momento: ela teria que enfrentar isso. Quanto mais adiasse, mais sofreria e mais difícil iria ser. Ela iria resolver isso! Só restava saber como.

Estava começando a sentir dor de cabeça por pensar demais. Lene costumava falar que quando isso acontecia, era porque ela não estava acostumada a fazer tamanho esforço.

Lene...

Quem diria que Lene iria ter um encontro com Sirius. Não que a garota nunca tivesse dito que não o achasse atraente, era apenas uma surpresa. Nunca viu os dois daquela forma.

Quem sabe ela não acabasse ganhando um afilhado depois do encontro daqueles dois. Começou a rir com a ideia de sua melhor amiga sendo mãe.

Com certeza as crianças cresceriam traumatizadas.

Ficou com sua mente viajando para longe de seu quarto e acabou por dormir.

Acordou três horas mais tarde com uma cara de sono horrível. A costura da fronha acabou por marcar seu rosto e seu batom e rímel borraram enquanto ela dormia.

Era cerca de 6:27 pm. Ela estava agradecendo a Deus, Alá, Buda, Merlin, Zeus, Roberto Carlos e a quaisquer outros seres sobrenaturais por não ter dormido mais, já que precisava se arrumar.

Decidiu tomar um banho, mas sem lavar o cabelo, já que não daria tempo do mesmo secar.

Ficou no banho cantando, ou ao menos tentando cantar.

– HEY, GOR, ÓPEN DE UALS, PLEI UIFI IUR DOLS, UIL BI A PERFÉQUI FÉMILI!!! – E isso é apenas uma amostra dela cantando.

Quando os vizinhos estavam quase ligando para polícia, com o pensamento de que alguém estava sendo torturado na casa, a garota saiu do banheiro enrolada na toalha e com a escova na mão.