E sem Querer... Tropecei Nas Estrelas

2º Capítulo

Após entrevistar três pessoas, graças a Deus faltava só mais um...

- Patrícia, mande o último a ser entrevistado. – Pedi para minha secretária. – Cristopher Diamont, certo?

- Sim, senhora Jessie.

Cristopher bateu na porta.

Não acreditando... Fiquei vermelha e mantendo a classe falei com o moço.

- Bom dia, Senhor Cristopher Diamont, certo? – Foi o que pude dizer.

- Sim... Jessie... É você?... – Falou Cristopher com pausas a cada palavra e com o rosto pálido.

- Do que o senhor está falando? Mantenha o profissionalismo, por favor! – Pedi para ele, mesmo querendo falar sobre outros assuntos. Foi tudo o que eu consegui dizer, eu sabia do que se tratava, inclusive falei gaguejando. – Estamos em uma entrevista de emprego!

- Sim... Queira me desculpar, senhorita Jessie Biabler... – Disse ele ainda mais assustado.

- Me diga senhor Diamont, qual sua experiência com essa área...?

Anotei tudo o que ele falou, desde o mais importante até o mínimo detalhe, tentando manter o profissionalismo, mesmo às vezes indo para o "Meu Reino".

Assim que as entrevistas acabaram pedi um tempo para Patrícia, deixando-a alertada de que hoje eu não voltaria mais.

Saí do meu escritório e tive uma surpresa com o que vi. Na verdade com QUEM eu vi...

Era ele, Cristopher... Ele me puxou novamente, repetindo a cena da noite passada. Até eu interrompe-lo.

- Você tá achando o que garoto? Olha bem para mim. Tenho cara de ser o que? Por acaso tenho cara de ser atirada? Eu não sou entendeu ? Sobre o acontecido de hoje pela madrugada, é por que eu estava carente!

Nisso sem querer e por querer, eu dei um chute em sua canela e também um tapa na face desse lindo... Quero dizer, na face desse "galinha".

- Nã... Não, Jessie, calma, por favor... Vamos conversar. – disse ele assustado com minha reação. - Eu te conheço bem e vice-versa, vamos voltar ao passado!?

- NÃO, me deixa em paz, na boa. Eu já cansei de me iludir, nem bonita eu sou, o que você quer comigo? Eu sei que isso não vai ser eterno e não to a fim de me enganar! Eu não te conheço!

- Que seja eterno enquanto dure. – Ele me disse com a voz baixa.

-Você não entende... nem vai entender, me de licença.

Eu saí desesperadamente daquele lugar, primeiramente por vergonha, e depois por que eu não queria me justificar...

Mais ele me alcançou e de um jeito carinhosamente forte, puxando-me pelo braço direito e falou:

- Jessie, vamos conversar, por favor...– Foi o que ele conseguiu dizer. - Eu estou realmente de acordo com nossa conversa, o que custa? Afinal isso não é sinônimo de namoro, nem casamento...

Eu, nesse momento, fiquei sem reação, então respondi o que achei melhor, sem ouvir meu coração:

- Sim... Eu não entendo, eu... Eu acho que te conheço de algum lugar... Só não sei de onde.

Ano de 2010

- Você promete me amar por toda eternidade? – Perguntou um garoto, de apenas 15 anos.