Nerd- 10

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Ele estava em sua Lamborghini vermelha, e o reconheci pois os vidros estavam abertos. "Mas o que diacho que tá havendo?" pensei. "Será que tô ficando louca?".
Desci da árvore, peguei minhas coisas e me dirigi para casa muito confusa.
Ao chegar nem fome eu senti mais. Mamãe estranhou e depois foi ter comigo em meu quarto.
- Filha, o que houve? Você está bem? - Ela perguntou com carinho.
- Claro mãe, estou bem. Só não estou com fome, comi antes de chegar, não aguentei haha - menti.
- Aah isso explica tudo, tu é toda cheia de fome; draga.
Nós duas demos gargalhadas. - Sempre eu durmo pela parte da tarde mas hoje eu não consegui. A minha curiosidade é mais forte do que qualquer coisa e eu tenho que descobrir cada detalhe do que eu presenciei.
Primeiro, eu vi uma velhinha na parada de ônibus, eu entrei no ônibus e quando olhei, ela tava tirando uma peruca. Depois de um tempo a reencontro e ela foi de maneira grossa mas depois doce de novo. Me pede para ir para casa e depois faz uma ligação. Em poucos minutos um carro, especificamente o do sr. Rize, vem buscá-la, sendo ele também o motorista. Meu pai, estou pirando.

*Mais tarde:
- Alô?
- Billy?
- O próprio, o que desejas meu bem?
- Tua inteligência nerd. Vem aqui em casa agora por favor?!
- Paga o táxi?
- "Falô".

*Minutos depois:
- Já estou aqui na frente!
- Tô indo.

- Oi Billy, entra. Vamos para o quarto, tenho que te contar uma coisa.

Subimos para o quarto e tranquei a porta. Billy sentou na cama e eu na cadeira de rodinhas que fica perto da mesinha do computador. Contei para ele tudo o que vi e disse que eu tava ficando mui louca com aquele negócio todo.
- Acho que... Eu não acho nada, não faço ideia do que esteja acontecendo.
- Fala sério cara, te chamei aqui pra decifrar o enigma! - Exclamo indignada.
- Sorry baby não sou expert em áreas que eu não mantenho contato.
- Desculpa aí ô maninho. - Sorrimos. Logo em seguida, depois de um vácuo bem legal, Billy se levantou e dedilhou as teclas do computador.
- O que foi? - Perguntei esperançosa. - Ah nada não, só.. arrá, achei.
- O quê, o quê???.
- Esse filme aqui, 007 operação skyfall. Já viu?
- Já. Droga! - Falo indignada - Pensei que ia fazer alguma coisa útil, seu mané. - Ele sorriu. - Sabe de uma coisa Eve, acho que você não assistiu realmente este filme.
- Ora essa, como não? 'Cê não tava comigo.. - Retruquei; ele deu gargalhadas e disse "mulheres".
- Por favor assista comigo, vai..
- Tá bom, seu chato! - Assistimos quase três horas de filme e eu já tava bocejando com sono e o Billy percebeu. - Bem - Ele disse - Vamos analisar.
- O quê nerd...? - Disse sonolenta.
- Ó céus, ó musas, pelas barbas de Netuno Castyline - Ele e eu sorrimos. - O que ele faz? - Billy perguntou. - Quem o carinha do filme? - Questiono.
- Sim.
- Se mete em encrenca - falo.
- Ah Eve, tá de sacanagem né? Hahaha. Mas tudo bem. Um dia você vai cair na real. - Ficamos em silêncio, um encarando o outro, mas Billy tinha algum compromisso e teve que ir embora. Ele sempre vai.
                            * * *

Toc toc - alguém bate na porta.
- Entra. - Digo bocejando.
- Oi meu amor, tudo bem?
- Pai, claro, entra aí, vamos conversar. - Já fazia um tempinho que o pai não vinha conversar comigo, e eu adoro falar com ele, sempre ele me passa paz e segurança. - Então, como vai a faculdade? - Foi ele perguntar e a máquina responder.
- Ai pai, ainda bem que o senhor perguntou, logo no primeiro dia passei o maior vexame, me atrasei, derrubei um cara na entrada, fui mal educada, depois a professora de física foi grossa comigo, quase que eu quebrei a porta com uma pancada e, e...
- Uou uou uoou!! Calminha aí criança. Vai mais devagar. - Ele disse. - Quero saber sobre as notas, amigos, namoradinhos...
- Por que essa ironia ao dizer namoradinhos hã?
- Ah sabe como é né princesa, pai é pai.
- Awn, é por isso que eu te amo seu chato! - Conversamos bastante, mas logo mais, ás seis horas especificamente, ele teria que sair, pois ele trabalha numa empresa como gerente de desembarque das cargas, e ele só volta às cinco da matina. "Duro não?".

20:13 pm. Mensagem sms.
- Oie. - Número não salvo na agenda.
- Olá, quem és?
- Edgar.
- Que Edgar?
- Da faculdade!
- Ah bom. Não te conheço, tchau.
- Não, espera.

*Vácuo

22:40 pm. Mensagem sms.
- Eu não achei que fosse tão arrogante. - Era o mesmo número de celular da mensagem mais cedo, e o mais engraçado é que eu nem conheço essa pessoinha e a mesma já acha que tem alguma autoridade.
- Olha aqui ô esquisito, eu nem te conheço, se é do mesmo campus que eu, venha falar comigo cara a cara. E não me perturbe com suas chantagens baratas.
- Amanhã eu falarei com você, cara a cara. Haha :). - Uma pessoa dessas não tem mesmo o que fazer e fica importunando a vida dos outros.
Minha mente estava leve e vazia, então para me divertir pus um filme de ação para eu assistir, chamei Castle, mas ele estava viciado nas séries dele e disse que não viria assistir comigo. Enquanto eu assistia eu quase não prestava atenção no contexto do que eu estava vendo, em vez disso, cousas do tipo românticas se passaram por minha mente.
                        *******

-Casty. Você aqui. - Disse uma voz suave atrás de mim, um calafrio percorreu todo meu corpo me fazendo estremecer - uma coisa estranha de mais pro meu gosto. Me viro devagar e mais uma vez Thomas e eu estávamos frente a frente. Ele usava uma roupa bastante formal - como quem vai a um casamento ou a algum fórum, terno e calças sociais de cor bege, realçando perfeitamente os seus cabelos brilhantes, e calçava um sapato social preto de cor preta com um pequeno salto detalhando-o - sendo ele bem mais alto que eu, me obriguei a olhá-lo de cabeça bem erguida, olho ao redor e estávamos em algum tipo de salão de festa com alguns assentos visíveis.
Tinha grandes janelas de vidro, mas estavam recobertas com cortinas vermelhas de cetim que tocavam o chão, um lustre bem grande no centro do salão com luzes que variavam entre um azul bem claro e um amarelo apagado, por causa das cortinas o local tornava-se pouco iluminado. Eu estava trajando um vestido rosa choque - que destacava minha pela branca- e um sapato com um salto baixo de cor dourada. Suavemente, aos fundos surgiu uma música tocando - uma que não conheço- era lenta e tinha uma melodia perfeita.
- Dança comigo?! -  Thomas disse estendendo sua mão para mim.
- Claro. - Respondi. Ele me tomou em seus braços fortes e pude sentir o calor do seu corpo junto ao meu.
Ele colava o seu corpo ainda mais no meu, então ele passou a mão em meus cabelos e deslizou os dedos sobre minha bochecha, se aproximou- agora- do meu rosto, e eu quase pudia sentir os lábios rosados dele nos meus, mas do nada tudo se desfez e quando retornei a mim mesma mamãe jazia à porta me chamando.


Aviso:
Gente deu um problema no meu celular e eu não consegui resolver, depois do cap. memória curta é "Mas o quê" depois "ops"  e só depois "Cissy". Obrigado pela compreensão, e votem se gostarem. Bjs

Forbbiden - Nada é o que realmente é.Onde histórias criam vida. Descubra agora