Questionário-22

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"A boca dele na minha, seu corpo sobre o meu, como ele é incrível, eu não sabia que era possível amar dessa forma".

Acordo-me e percebo instantaneamente que estou no quarto do senhor... Ham do Thomas. Levanto e vou em direção à grande janela de vidro com cortinas vermelhas, o dia está lindo. Ouço um barulho de porta se abrindo.
Thomas. Lindo como sempre né? Dá licença?

- Bom dia, Casty. - Ele diz.

- Bom dia, Thomas. - Respondo com um sorriso besta.

- Venha - Ele diz - vamos tomar café.

- E depois?

- Depois eu te levo pra tua casa.

- Ah, minha casa... E depois... - Dou uma pausa. Ele vira-se para mim.

- Não há, depois. Eu sinto muito.
Agora vamos! - Ele diz e começamos a andar pelo pequeno corredor.

- Então, é só isso? - Questiono.

- Só isso? - Ele para e diz - Eu disse que seria assim, não porque eu queira, e sim porque eu não posso, Castyline! - Thomas diz com pesar.

Resolvo ficar calada, "Nada mais falo a partir de agora" penso.
Na cozinha sentamos à mesa um de frente pro outro, mas Thomas nem sequer olha pra mim - ah, como dói.
Terminamos o desejum e levantamos. Rumo à porta tropeço nas próprias pernas - de propósito - e caio nos braços do professor.

- Ai, me desculpa sr. Rize, perdão, sou muito desastrada! - Digo rapidamente e me afasto dele.

- Compreendo. - Ele diz meigo. Talvez ele tenha tentado esconder de mim, mas eu vi o sorriso que ele deu, ah, vi sim!
*****
Agora estamos indo de volta pra casa, ou melhor, eu estou indo pra casa. É tão bom e tão ruim ao mesmo tempo. Ai. Por que ele não podia ser só um professor? Com certeza tudo estaria numa boa, mas não, eu só consigo encrenca pro meu lado. Evans tinha razão.
Evans, nunca mais o vi. Agora terei tempo de sobra para vê-lo. Lembro então do ocorrido na escola há uns dias atrás.

- Sr. Rize eu gostaria que me respondesse uma pergunta.

- Se for possível, eu respondo. - Ele diz.

- Affz. - Digo e dou um suspiro. Thomas segura o riso.

- Vai perguntar ou não? - Ele diz inquieto.

- Parece que te interessa, não é mesmo? - Falo ironicamente.

- Não.

- Duvido.

- Vai se danar, Casty. - Um silêncio toma de conta, o clima pesa. E alguns segundos nesse silêncio olho pro Thomas e nós começamos a rir.

- Tu é doido mesmo.

- E você é uma garotinha insegura. - Ele diz. Faço bico. Sorrimos.

- Tá né. Mas enfim. Eu creio que já perguntei e você não me respondeu...

- É sobre nós?

- Não Thomas, até porque não existe um nós. - Ao ouvir isso, Thomas não se manifestou. Apenas continuou calado.

- Só ia perguntar, de onde você conhece o Evans...

- Evans... Hahaha - Thomas ri, ironicamente - Seu querido ruivinho.

- Por que o sarcasmo? Alguma coisa contra ele? - Questiono.

- Não, nada.

- Certeza? - Falo olhando para ele. Ele não responde. - Aí. Tô falando contigo, brother! - Agora ele sorriu.

Forbbiden - Nada é o que realmente é.Onde histórias criam vida. Descubra agora