Não está tudo normal - 2° capítulo.

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10 minutos se passaram depois que a Mendy desligou o telefone. Lunna estaria na praça sentada esperando sua amiga. Enquanto estava sentada, passou uma viatura da polícia. Lunna, assustada e tremendo, levantou e deu sinal para o carro parar tendo expectativa de pedir socorro.
Os policiais avistam Lunna fazendo gesto com a mão para parar. Eles olham e o policial que estaria digirindo diz que não vai parar, mas seu amigo diz:
- Vai para sim. Parece ser uma prostituta gostosa e barata. Deve ta bêbada, da pra fazer uma ménage e não pagar.
Eles param em frente a Lunna e o policial que estaria dirigindo, pergunta:
- Eai, gostosa! Quer uma carona para algum lugar?
Lunna olha com cara de nojo e mais assustada ainda e sai andando rápido. O policial que estaria ao lado gritou alto: "VOCÊ NÃO QUER PARTICIPA DE UMA MÉNAGE, PIRANHA?"
Lunna começa a correr e chora, acaba caindo e vai para ao lado e se encosta na parede e começa a chorar.
        Enquanto isso ...
Mendy chega na praça e até avista o carro da polícia, mas eles passaram direto. Ela encosta e sai do carro e anda para cima e para baixo procurando sua amiga. Coloca a mão na cabeça e finalmente avista uma garota deitada no chão chorando, ela estaria suja e com sangue. Mendy corre para perto e percebe que é Lunna. Chega mais perto e corre para abraça-lá, antes de chegar ela já começa a chorar e aperta Lunna com um abraço.
- Lunna, olha para mim, vem, vamos para o carro. - Disse Mendy.

        Já no carro ...

- Me diga o que aconteceu. Vamos para a delegacia... - Disse Mendy.
Lunna interrompe e diz "não" e balança várias vezes a cabeça e diz:
- Não. Aquele carro da polícia pensou que eu fosse prostituta. Não podemos ir. - Lunna respira e continua. - eu fui estuprada, Mendy. No beco, o cara...
  Mendy interrompe Lunna e abraça ela e diz:
- A gente tem que ir lá. Nem todos os policiais são iguais. Vamos procurar uma delegacia justa. Mas antes vamos em casa para limpar você.
Mendy solta a Lunna, prende o cinto dela, prende o seu e liga o carro. Na estrada indo para a casa, Mendy diz:
- Eu sinto muito. Não era para eu ter deixado você sozinha. Me desculpa - começa a chorar.
- shhhhhh. Você não pode se desculpar por isso. - diz Lunna com voz de fraca.
Mendy encosta o carro e ajuda a sua amiga a sair. Sobe para o sétimo andar do seu apartamento e ajuda a sua amiga a se sentar na cama.
- Vou pegar roupas limpas para você. Te ajudar a se limpar.
Mendy ajuda a Lunna a entrar debaixo do chuveiro e da um banho nela. Mendy a esfrega e ajuda a ficar limpa. Deita ela na cama e diz:
- Amanhã cedo a gente vai na delegacia. Não podemos ficar aqui e aceitar isso. Agora descanse. Dorme que amanhã a gente ver isso tudo direito.
- Obrigada, amiga . - Disse Lunna.
Lunna apaga na cama de Mendy. Mendy acaba deitando no sofá para assistir televisão e acaba dormindo lá também.
Enquanto Mendy dormia com seu sono pesado. Lunna estaria tendo pesadelos com o cara que estuprou ela. Ela não consegue acordar. Parace que tem oportunidades de fugir e não consegue.
  Ela acorda e olha para o lado e para o outro assustada e chora mais. Ela deita para o lado e tenta mais uma vez dormir.

  Amanheceu e é cerca de 9h45.

Lunna acorda e vê que sua amiga teria feito torrada para comer. Ela levanta e vê sua amiga.
- Come. A gente vai na delegacia daqui a pouco. - Diz Mendy.
Lunna senta devagar na cadeira e ainda um pouco assustada. Ela pega a torrada e come. Enquanto mastiga continua tendo pesadelos e agora é acordada, pensando na cara do homem e naquela cena. Ela acaba derrubando a torrada no chão e grita.
Mendy assustada, vai rápido até a Lunna e abraça. Logo ela diz tranquila para a Lunna se acalmar:
- Vai se escovar. Toma um banho e vamos na delegacia. Você não merece isso!
- Não!! - diz Lunna. Com voz de raiva e clareza.
- Por que não?
- Eu não vou me humilhar mais lá. Eu já fui humilhada pelos policiais ontem e eu não quero ser mais humilada diante de vários policiais. - Lunna continua dizendo e chora- ontem eu achei que iria morrer. Achei que depois daquilo eu não teria vida. Fui maltratada 3 vezes e todas foram péssimas. Eu só quero fazer a minha inscrição na faculdade, fazer e passar. Só isso.- Lunna limpa as lágrimas e continua - daqui a pouco eu irei fazer minha inscrição. Eu só quero esquecer aquilo e não ser mais humilhada.
- Eu não sei, Lunna. Aquilo foi horrível o que fizeram, merecemos respeito. Eu sei que você está com medo - diz Mendy pegando na mão de Lunna- temos que ter coragem e ir.
- Ir aonde? Fazer uma ocorrência como se isso fosse um assalto na sua casa ou como se tivessem roubado uma caneta minha na escola? Eles só vão zombar da gente e humilhar mais. Esses policiais chegam a estarem no mesmo nível dos estupradores. - diz Lunna-.
Lunna vai para o banheiro e toma um banho.
Na cozinha, Mendy fica surpresa com atitude de Lunna e percebe que ela está com medo.
  Depois que o banho acaba, Lunna sai enrolada na toalha e diz:
- Você vai lá comigo?
- Vou sim. Não quero perder essa oportunidade. - diz Mendy sorrindo.
Logo que Lunna vira as costas para se trocar, Mendy mostra sua tristeza ao pensar que sua amiga tenha passado por isso e estaria com medo.

       1 hora se passou

Lunna e Mendy descem pelo elevador e Mendy faz novamente a pergunta:
- Você vai mesmo preferir assim? Sem justiça?
- Única justiça que quero agora é a da minha faculdade. - diz Lunna já saindo do elevador.
 
       Já na estrada

- Estou muito ansiosa por isso. Sempre me imaginei na faculdade. As festas, a galera, todos contra o bolsonaro: é  um sonho. - diz Lunna.
- Fico triste por eu não ter conseguido, mas fico feliz por voce.
- Você vai conseguir ano que vem. Vou te ajuda. Você vai ver.
Chegando na faculdade, Lunna entra e já fez seus preparos a inscrição para sua faculdade. Antes de ir ela fala com voz clara:
- Nada vai me atrapalhar

Continua...


Justice (Justiça)Onde histórias criam vida. Descubra agora