Um ano e três meses se passaram e Lunna, com bom comportamento, teve a oportunidade de sair mais cedo. Mas isso não foi desde o começo da prisão, Lunna teve muitos desentendimento e brigas, mas melhorou e conseguiu sair mais cedo.
Lunna vai pegar as suas coisas, carteira, roupas e acessórios, ela anda para frente e chora ai passar pelo portão de saída.
Pegou o ônibus e desceu na praia, onde teria sido presa. Com sol batendo na cara, Lunna foi para perto da onde e sentou e se perguntou: - O que eu vou fazer agora?
Lunna levanta e começa a andar pensando no que vai fazer na sua vida. Lunna pensou e se lembrou de sua faculdade e percebeu que estaria perto. Andando na rua, ela viu algumas garotas de programa provocando-a dizendo que ela serviria para esse emprego e começou a andar mais rápido e avistou a sua faculdade.
Entrando lá, ela vai para sala do diretor conversar. Lunna esperou uns 21 minutos até a entrada para a sala. Entrou, se sentou e perguntou:
- Oi, Boa tarde! Eu quero me informar como faço para conseguir a próxima vaga, bom deixa eu explicar: Eu fui presa na noite que fiz minha inscrição e então perdi as aulas, quero saber quando posso começar as aulas? - perguntou Lunna.
- Bom. Por que você foi presa?
- Eu peguei a bolsa de uma garota por engano em uma festa da praia e os policias acharam que era minha e viram drogas nela.
- Aata - disse o diretor em um tom de desconfiança - então o velho papo. Bom, a gente, do conselho, podemos analisar isso e qualquer coisa você pode deixar seu contato com a gente.
Lunna ficou conversando por 15 minutos dentro da sala. Ela saiu e agradeceu, descendo a escada uns alunos a chamam de piranha por causa de seu short que era curto demais.
- Não acredito que tem esses machistas aqui na faculdade. - disse Lunna para ela mesma.
Voltando a praia, Lunna começa a pensar novamente o que vai fazer de sua vida, não sabendo por onde começar e casa para morar. Lunna na cadeia soube das mortes de sua mãe adotiva. Andando na praia ela pede um lanche e senta do lado de uma mulher com aparência de 21 anos. Cabelo escuro, liso e as pontas enroladas, magra com peito e bunda médias, da pele morena, ela está usando um vestido dourado curto e apertado.
Lunna se senta e pede um salgado. Ela vira o lado, repara a roupa dela e pergunta:
- Você não tem medo? Desculpa, mas medo de ser xingada. Essa roupa curta e esse mundo machista. - disse bebendo suco.
- E quem é você, estranha? O que faz por aqui? Eu nunca te vi.
- Me chamo Lunna e estou tentando fazer algo na minha vida.
- Me chamo Nathália. E não. Eu não tenho medo desses machistas, eles gostam. Eu sou garota de programa, como não reparou com minha roupa?
- Desculpa. Eu fui presa e nem sei mais como é esse mundo aqui fora.
- O que foi que você fez e passou quanto tempo na cadeia?
Lunna respira fundo.
- Me pegaram com droga. Eu estava perto de começar minha faculdade.
- Nossa, mas você é burra. - Lunna olha para Nathália com a cara de não acreditar que ela disse aquilo. - Olha, eu sei que a gente não se conhece, mas ser pega com droga? Você deve ter sido muito idiota, sinceramente.
- Não era minha bolsa, acabei pegando a bolsa errada e para de me xingar, acabamos de se conhecer e não dou essa intimidade. - Disse Lunna.
Nathália bota o oculos no rosto e olha para o mar, o vento batendo em seus cabelos ela diz:
- Quer dar uma volta? Andar? Ta chato aqui já.
- Claro. Pode ser. Não tenho lugar para ir. - Disse Lunna levantando da cadeira.
Andando na area quente, e o sol batendo na cara, as duas andam descalças, Nathália com seu salto na mão e Lunna com seu chinelo na mão.
Elas se sentam em uma rocha e depois de grandes papos, Lunna pergunta:
- Como é trabalhar como uma prostituta?
- Bom... No meu começo foi difícil. Os clientes não confiavam em mim, mas quando eles experimentavam, eles gostavam e queriam mais e mais. As vezes aparece aqueles velhos querendo conversar, mas esses são de menos, são mais fáceis de roubar algumas granas deles. Eu comecei na rua e depois fui aceita em uma boate que tem prostituição, ganhavamos muito dinheiro, mas agora deu uma caída, ainda mais com uma nova que abriu em poucos dias perto e falaram que elas são "as melhores". Estamos contratando novas lá na nossa. - Nathália pega o cigarro acende e começa a fumar. - ta interessada?
- Não sei. Eu não sei mais o que fazer, só a faculdade não da e acabei de sair da cadeia, vai demorar muito para alguém me aceitar a trabalhar, o povo é muito ruim.
- Ual, faculdade. Nem terminei o ensino médio. Quando eu era adolescente eu queria ser professora de filosofia e sociologia, amava história. As vezes eu compro um livro, roubo, mas isso não vem ao caso. - Nathália e Lunna rir.
- Eu vou topar sim esse emprego. Quero ir preparada.
- Olha só. - diz Nathália olhando para o corpo de Lunna - Eu olhei como você anda. Tem que rebolar mais e se soltar mais. Você já dançou?
- Já sim. Eu dançava antes de ir para a cadeia, mas perdi a forma.
- Querida, vamos para o meu apartamento e mostrar que ninguém perde a forma. - disse Nathália estalando dançando os dedos para baixo - Vamos que vamos. - Nathália puxa Lunna para seu apartamento.No apartamento de Nathália.
Nathália empurra a porta e diz:
- Olha, não liga muito para essa bagunça não. Se sinta em casa - Entra, joga chave na mesa e se joga no sofá.
Lunna entra dentro de casa e faz cara estranha e diz:
- Isso aqui é melhor que a prisão. - diz Lunna satisfeita.Já de noite.
- Olha tem tudo ai na geladeira, qualquer coisa tem uns 20 reais no armário. Não convide ninguém. Nem sei como to confiando em você, mas se for roubar algo só tem os vibradores e os de borrachas no meu guarda-roupa. Beijos.
Lunna deitada no sofá - muito obrigada por tudo isso. - ela prende o cabelo.
- Amanhã vou te dar o primeiro dia de aula para te ensinar como fazer gostoso. Fique ansiosa se eu for trazer boys vai ser os gostosos da praia. Mas também vou te ensinar como escolher uma roupa maravilhosa. Beijos - disse Nathália e já fechando a porta.
Lunna olha para os cantos da casa e vê um telefone fixo. Ela vai até ele e testa botando no ouvido e ele estaria mudo.
Ela reclama e desce o apartamento de short jeans curto, blusa rosa e chinelo a procura de um orelhão de rua.
Lunna anda 4 quadras e encontra um que até estaria sendo usado por um homem. Ela chega pra esperar ele acabar. O homem de cabelo curto meio careca, paletó e com uma mala, ele vira, sorri e diz Oi para Lunna.
- Pode usar. - disse ele.
- Brigada. - disse Lunna já pegando o orelhão.
Lunna pega seu telefone e vê o número que vai ligar. Abaixa os nomes e vai até a letra "M", ela estaria ligando para Mendy.
Mendy atende: - Alô?
Lunna fica muda e cai uma lagrima de seu olho ao ouvir voz de Mendy. Ela desliga o telefone na hora e começa a chorar e abaixa a cabeça no orelhão.Continua ...
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Justice (Justiça)
Misterio / SuspensoHISTÓRIA FEITA PARA CASOS REAIS. MENINAS ENTRANDO NO MUNDO DA PROSTITUIÇÃO COM FALTA DE JUSTIÇA NO BRASIL! Essa história descreve uma menina que fez de tudo para ter um futuro perfeito. Lunna - que na verdade seu nome verdadeiro é: Luana Oliveira Sa...