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A luta no presídio no dia anterior havia assustado Luke e Ashton sabia disso. Ele se preocupava com os seus oficiais, e deu a Luke metade do dia de folga. Luke dormiu até as dez, que era muito tarde para ele. Ele acordou embaixo de camadas de lençóis, embora ele não estivesse com muito frio. Os cobertores em torno dele o fez sentir quente e confortado, do jeito que ele gostava.
Sua cabeça estava afundada entre muitos travesseiros e tudo parecia bem. Luke não poderia imaginar como os prisioneiros acordaram. A primeira vista era uma sala de cimento plana com lençol e colchão finos. Luke descobriu que todos eles mereciam aquilo de algum jeito --assassinato, roubo, estupro, qualquer coisa ruim-- mas ele ainda não conseguia evitar sentir pena deles. Eles são seres humanos também.
Luke se espreguiçou, suas mãos tocando a cabeceira de madeira da cama. Às vezes pensava que era estranho ele ainda estar vivendo na casa de seus pais. Era estranho para ele acordar e reconhecer o quarto em que vivia desde que nasceu.
Ele não queria se mudar, apesar de tudo.
Ele deu um passo para fora da cama, com os pés descalços entraram em contato com o tapete de pelúcia. Ele estalou os joelhos e tornozelos, então torceu as costas também. Ele estendeu a mão, pegando uma calça de moletom do cesto de roupas limpas.
As roupas que Luke usava no trabalho, já não estavam mais no chão, o que significava que a senhora Hemmings apareceu em algum momento durante a noite e as recolheu para lavar. Ele gostava disso. Se ele se mudasse, ninguém ia lavar sua roupa. Luke não tinha ideia de como lavar roupa.
Ele abriu a porta do quarto e se deparou com uma casa em silêncio. Ele podia ouvir a máquina de lavar louça funcionando e o ar condicionado zumbindo baixinho, mas todo o resto estava silencioso.
Ele desceu as escadas, descendo dois degraus por vez. Seu cachorro nem sequer levantou a a cabeça quando Luke passou. Luke riu e continuou a andar para a cozinha.
Sua mãe estava sentada na mesa do café, seu jornal diário colocado em sua frente. Luke nunca gostou muito de ler, ele não entendia como seus pais podiam ler algo grande como o jornal todos os dias.
Havia muitas coisas que Luke não entendia sobre ser um adulto.
"Bom dia, querido. Há biscoitos no forno para você."
Ele circulou a ilha da cozinha, agarrando uma luva para pegar os biscoitos. Ele os colocou em um prato e pegou alguns para si. Ele tinha um apetite grande, mesmo que ele já não estivesse mais em fase de crescimento. Ele agradeceu a sua mãe antes de se sentar em frente a ela.
"Você está se sentindo melhor?" Ela perguntou, colocando para baixo seu jornal e cruzando as mãos. Seus olhos azuis acompanharam os de Luke e eles silenciosamente se encararam por alguns segundos.
Lucas queria esquecer isso, e nunca mais falar sobre isso novamente. "Sim, eu estou me sentindo bem." Ele olhou para o prato, já com um biscoito digerindo em seu estômago.
"Eu acho que seria bom falar sobre isso."
"Eu não."
Ela perguntou antes de se levantar, pegar o prato vazio e levar para a pia. "Algo ruim aconteceu?"
"Mãe, eu trabalho em uma prisão. Todos os dias é obrigado ter algo ruim."
A mãe de Luke é uma mulher boa. Ela é uma professora aposentada, mas ainda tem o tom de voz agradável. Luke constantemente sentia como se estivesse encrencado quando tentava falar com ela, ele estava sempre com medo de sua reação. Ele só realmente queria ser perfeito aos seus olhos dela. Ele é um filhinho de mamãe orgulhoso.
"Eu se, baby. Eu vi você voltar para casa com um olho roxo duas vezes."
"Não era um olho roxo--".
"Era um machucado," ela interrompeu, "Ao redor dos seus lindos olhos."
Luke revirou seus lindos olhos.
A senhora Hemmings parou atrás dele, colocando as duas mãos em seus ombros e, lentamente, pressionando-se em seus músculos tensos. "Você pode falar comigo."
"Eu sei", ele respondeu. Luke era praticamente uma criança, ele ainda temia sua mãe. Ele não gostava quando as pessoas gritavam com ele ou o repreendia. "Foi apenas uma briga e eu fui chamado como apoio. Era nojento e havia sangue e eu me apavorei."
"Meu pobre bebê", ela balbuciou. As mãos dela continuaram a massagear seus ombros tensos, enquanto ele continuava a falar.
"Eu acho que eu gosto do meu trabalho, é legal e nunca há um dia como o anterior. É apenas muito difícil e eu não sou durão e eu não posso lutar."
"Aquele homem bom que te deu carona ontem disse que iria ajudá-lo."
Luke disse tudo à sua mãe. "Calum está ajudando, mas, eu não sei. É apenas uma droga no momento." Ele levemente empurrou sua mãe quando se levantou, levando seu prato vazio para a pia e o colocando na pilha.
Outra razão para não se mudar: louças.
"Você está feliz?"
Essas três palavras têm sido sempre uma pergunta difícil. Luke acha que ele confunde a palavra contente e a palavra feliz bastante. Ele está satisfeito com seu trabalho, ele não é miserável, mas ele não é necessariamente feliz. Ele não pula de alegria cada vez que faz check-in.
"Sim, mãe", ele resmungou, e não estando no clima para um de seus momentos psicológicos. "Eu não tenho certeza do que eu estou sentindo, pra ser honesto."
"Por que?"
Luke voltou para a mesa do café onde sua mãe já estava se sentado mais uma vez. "Tipo, eu penso sobre os 'e se' muitas vezes. E se eu simplesmente desistido disso e ido para a faculdade, em vez da Academia? Ou eu poderia ter ido para o exército. Eu tinha outras opções, e eu não acho que agora eu tenha."
"Baby, você pode sempre mudar sua mente."
"Mas, eu gosto de ter um salário e eu não quero voltar para a escola." Luke esfregou os olhos, as maçãs do rosto ainda sentiam a ligeira dor das contusões de semanas atrás. "Eu não sei, eu estou bem."
"Eu não quero que você fique chateado."
"Eu não estou." Levantou-se, olhando a hora no relógio. "Eu preciso me vestir."
"Tem certeza de que você está bem?"
"Positivo", ele mentiu.
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START A FIGHT ➹ MGC+LRH (TRANSLATION)
Fanfictionmichael está preso e gosta de encher o saco do agente penitenciário, luke. +++ história da @fivesecondsofsheeran. tradução.