Da Fruta Que Você Gosta (Contos Eróticos Gays)

PRIMEIRA VEZ

Oi galera! Essa é a primeira vez que escrevo um conto aqui e espero que apreciem. Vou contar algo que aconteceu semana passada.

Sou Michael, tenho 22 anos, 1,85 de altura e 78 quilos, meu corpo é bem trabalhado, malho há três anos e nunca ouvi reclamações. Sou branco, cabelos e barba preta, olhos castanhos claros e tenho muitas tatuagens, que vão desde o pescoço até o dorso das mãos, e assim como sei que tem gente que tem tesão em caras malhados, barbudos e tatuados, eu tenho tesão por ruivos.

Durante o último final de semana ocorreu aqui em minha cidade o vestibular da universidade estadual, momento em que vários alunos de outras cidades menores viajam para cá para fazer a prova, eles também aproveitam para conhecer a cidade, ir em uma balada, passear no shopping, etc...

Não fiz o vestibular porque já curso publicidade e propaganda e gosto muito do meu curso, sendo assim, segui o final de semana normalmente, a única mudança foi ter olhado de relance para algumas caras novas na cidade, umas garotas bem gostosas e uns caras que andavam em bando fazendo algazarra, dentre eles, observei um ruivo que se tornou meu sonho de consumo no instante em que o vi.

Ele era menor do que eu, com 1,78 de altura, devia ter uns 65 quilos, seus cabelos ruivos estavam bem modelados para cima e sua pele era bem mais clara do que a minha, num tom levemente avermelhado e com algumas sardas. Fiquei uns dez, quinze segundos o encarando do outro lado da rua enquanto o grupo se dirigia para um supermercado, fiz isso disfarçadamente, é claro, sou discreto e tenho namorada.

Fui malhar e tentei me esquecer daquele garoto de cabelos incandescentes, mas de alguma forma, o destino queria me assombrar, e eu, permiti. Fiquei o tempo todo no chuveiro da academia pensando no cara e quase bati uma em homenagem a ele, mas preferi guardar as energias para fazer algo pessoalmente, eu daria o meu jeito e de nenhuma forma eu precisaria me preocupar, já que definitivamente ele não era da minha cidade e eu não tinha nada a perder.

Voltei andando para casa, moro em um bairro próximo do centro onde existem muitas repúblicas e grupos de estudantes que vivem em apartamentos. Qual não foi a minha surpresa ao ver o garoto descendo do ônibus em um ponto bem à minha frente? Ele desceu sozinho, estava com fones de ouvido, parecia atento, olhando ao redor, como se procurasse uma casa em específico.

Era a minha chance. O frio na barriga não deu trégua e eu fui assim mesmo, de cara limpa e banho tomado, apressei o passo até o ponto em que ultrapassei o andar dele e olhei rapidamente para o lado, como se ele tivesse despertado a minha atenção por um instante. Parei, ele parou instintivamente e ficou me olhando. Ele se preparou para perguntar algo e eu o interpelei imediatamente:

– Otávio?

Ele já havia tirado os fones de ouvido e me encarou com a sobrancelha erguida, tentando decifrar o que eu queria, chamando-o por aquele nome.

– Não, cara, o meu nome é Tarcísio – ele respondeu. Uma voz grossa e bem fluída para um garoto, já que ele parecia bem mais jovem que eu. A minha voz não ficava atrás, era bem envolvente e eu preferia falar relativamente baixo, fazendo com que o meu ouvinte prestasse um pouco mais atenção em meus lábios carnudos.

– Puts! Eu jurava que você era o meu brother Otávio, cara! Vocês são muito parecidos!

Tarcísio concordou com demora e continuou sorrindo, um sorriso de quem examinou as tatuagens em meu pescoço, desceu pelo meu corpo bem definido e voltou para os meus olhos.

Como ele ficou em silêncio, talvez por receio ou não saber como continuar a conversa, completei:

– Certeza que você não é o Otávio? Ele mora lá em Guanambi – menti, como um bom publicitário que tenta vender alguma coisa, nessa situação em específico, a conversa.